SANTA SÉ DEFENDE EDUCAÇÃO INCLUSIVA QUE RESPEITE DIGNIDADE DA PESSOA E DIVERSIDADES
CULTURAIS
Genebra, 29 nov (RV) - O observador permanente da Santa Sé no escritório da
ONU em Genebra, na Suíça, Dom Silvano Maria Tomasi, ressaltou nestes dias, na 48ª
Conferência internacional das Nações Unidas sobre a educação, que a Santa Sé defende
os esforços por uma educação inclusiva que respeite a pessoa e não reduza o desenvolvimento
a mero fato econômico.
O observador vaticano defendeu que a abordagem inclusiva
da educação se consolida mediante a promoção de uma sociedade respeitosa da dignidade
de todo homem, que vai além do critério de eficiência.
“A atual crise financeira
nos oferece uma lição concreta _ observou o prelado: somente a pessoa que concebe
as relações com os outros superando o critério da produtividade pode avaliar a realidade
numa perspectiva ponderada e assumir uma responsabilidade apropriada”.
Por
outro lado _ observou _, se é importante uma economia que ofereça ocasiões de trabalho
digno, é ainda mais relevante promover “a coesão social e a mútua aceitação e o apreço
pelas diversidades”. Dom Tomasi ressaltou ainda o papel irrenunciável dos pais na
educação das novas gerações, destacando também o papel da escola.
O arcebispo
frisou que a escola deve ser um ambiente no qual tenham espaço as positivas relações
ente os diversos membros da comunidade.
No 60º aniversário da Declaração universal
dos direitos humanos, o representante vaticano fez um apelo a fim de que se alcance
o objetivo da educação para todos, indicado nas Metas do Milênio.
Em particular,
o prelado recordou que na África subsaariana 38 milhões de crianças não têm acesso
à escola primária. A educação inclusiva é um instrumento importante para “favorecer
o diálogo entre as pessoas, os povos e as culturas em sua diversidade criativa” _
concluiu o observador permanente da Santa Sé no escritório da ONU em Genebra. (RL)