2008-11-29 11:41:34

BISPOS AMERICANOS E MEXICANOS ESCREVEM CARTA A BARACK OBAMA


Piedras Negras, 29 nov (RV) - Os bispos católicos do Texas e das dioceses mexicanas de fronteira preparam um carta para o presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, na qual se insistirá sobre a necessidade de una reforma migratória o mais rápido possível e pedirá o fim imediato das blitze contra indocumentados, ações que não foram suspendidas pela administração do presidente George W. Bush.

O bispo da diocese de Piedras Negras, Coahuila, que também é membro do Conselho de Presidência do Episcopado Mexicano, Dom Alonso Garza Treviño, anunciando o documento expressou seu desejo de que o novo mandatário norte-americano seja sensível ao tema, pois uma reforma na matéria não somente serviria à economia de seu país e à mexicana, mas também evitaria que a entrada ilegal dos trabalhadores causasse a morte de centenas de pessoas que a cada ano tentam cruzar a fronteira sem documentos.

O bispo recordou que segundo as últimas cifras oficiais do setor de Migração dos Estados Unidos e da Patrulha de Fronteira, neste ano foram realizadas cerca de 350 mil deportações de indocumentados.

Dom Garza Treviño também citou que o presidente da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos, cardeal Francis George, expressou várias vezes seu apoio a esta proposta. “Os bispos de ambos os lados da fronteira – afirmou – desejam uma justiça econômica e oportunidades para todos, o que implica necessariamente na reforma das leis de migração”.

O bispo acrescentou que os prelados de ambos os países pedem que o governo do presidente Bush reconsidere o uso da blitz como instrumento para fazer cumprir as leis migratórias de seu país. “Os governos têm o legítimo direito de cuidar de suas fronteiras, porém as blitze nos centros de trabalho ofendem a dignidade e os direitos humanos dos indocumentados", afirmou.

Dom Garza Treviño concluiu dizendo: “O custo humanitário de tal prática é inaceitável em uma sociedade civilizada, pois com ela se criam fraturas e se dividem as famílias, onde crianças com cidadania norte-americana são separadas de seus pais. É necessário que se entenda que as pessoas têm o direito divino de migrar”. (SP)







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