2008-11-27 18:22:42

ENCÍCLICA "SPE SALVI", DE BENTO XVI, COMPLETA UM ANO DE PUBLICAÇÃO


Cidade do Vaticano, 27 nov (RV) - No próximo domingo, dia 30 de novembro, estará completando um ano a publicação da “Spe salvi” (Salvos pela esperança), a segunda encíclica de Bento XVI. No documento magisterial, o Santo Padre se detém sobre a verdadeira natureza da esperança cristã. Uma esperança alimentada pela fé no Deus amor e que, justamente em razão dessa origem, jamais é individualista, mas sempre aberta ao próximo.

“SPE SALVI facti sumus” _ é na esperança que fomos salvos: Bento XVI parte de uma passagem da Carta de São Paulo aos Romanos para desenvolver a sua reflexão sobre a fisionomia da esperança cristã, e ressalta, em primeiro lugar, a sua estreita conexão com a fé.

A esperança é um dom capaz de mudar a vida de quem o recebe. Mas em que consiste essa esperança? Eis como Bento XVI descreve o seu traço fundamental no Angelus de 2 de dezembro de 2007:

Consiste substancialmente no conhecimento de Deus, na descoberta de seu coração de Pai bom e misericordioso. Jesus, com a sua morte na cruz e a sua ressurreição, nos revelou a sua face, a face de um Deus de tal modo grande no amor que nos comunica uma esperança inquebrantável, que nem mesmo a morte pode abalar, porque a vida de quem se confia a esse Pai se abre na perspectiva da eterna beatitude.

Portanto, uma esperança “confiável” da qual o homem precisa também hoje num tempo marcado por um tumultuoso desenvolvimento tecnológico:

O desenvolvimento da ciência moderna confinou sempre mais a fé e a esperança na esfera privada e individual, de modo que hoje se mostra de forma evidente, e por vezes dramática, que o homem e o mundo precisam de Deus _ do verdadeiro Deus! _, do contrário permanecem desprovidos de esperança.

Por outro lado, o papa reconhece que a ciência “contribui muito para o bem da humanidade _ sem dúvida _, mas não é capaz de redimi-la”. O homem “é redimido pelo amor, que torna a vida pessoal e social boa e bonita” _ ressalta:

Por isso a grande esperança, plena e definitiva, é garantida por Deus, pelo Deus que é amor, que em Jesus Cristo nos visitou e nos doou a vida, e n’Ele voltará no fim dos tempos. É em Cristo que esperamos, é Ele quem esperamos!

Portanto, a esperança do cristão é, em definitiva, uma Pessoa. O Santo Padre o reiterou nas Vésperas do fim de ano, dia 31 de dezembro de 2007:

Cristo é a nossa esperança ‘confiável’, e a esse tema dediquei a recente encíclica intitulada ‘Spe salvi’. Mas a nossa esperança é sempre essencialmente também esperança para os outros, e somente assim ela é verdadeiramente esperança para cada um de nós.” (RL)







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