2008-11-26 13:14:24

O conflito do Kivu Norte: refugiados sem protecção


(26/11/2008) A ONU começou a transferir para áreas mais seguras 30 mil refugiados que se encontram em campos vulneráveis, perto de Kibati, no Leste do Congo, e que foram alvo de saques de forças governamentais congolesas. Nestes ataques violentos morreram civis sob protecção das Nações Unidas. Há 200 mil pessoas dispersas pelo mato, na zona de guerra em que se transformou o Kivu Norte, onde forças rebeldes, do Governo congolês, e as enigmáticas milícias mai-mai competem pela prática das acções mais bárbaras.
A guerra na República Democrática do Congo (RDC) acentuou-se em Agosto e agravou-se no mês passado. Além de número indeterminado de vítimas, o conflito provocou a fuga em massa de populações; segundo a ONU, no mínimo, um quarto de milhão de pessoas.
O enviado especial da ONU, o antigo presidente nigeriano Olusegun Obasanjo, viaja este fim-de-semana para a RDC, onde tentará conduzir negociações entre o Governo de Joseph Kabila e os rebeldes do general tutsi Laurent Nkunda, que têm apoio do Ruanda. Nkunda controla a zona a norte da cidade de Goma e quer a sua milícia, o Congresso Nacional para a Defesa do Povo (CNDP), integrada no exército congolês.
A ONU não esconde a sua preocupação pela situação e o secretário--geral, Ban Ki-moon, apresentou um relatório, em Nova Iorque, onde as forças de Nkunda são acusadas de "execuções arbitrárias e assassínio em massa". Ao exército congolês são atribuídas "numerosas violações dos direitos do homem". A ONU tem 17 mil soldados na RDC, mas já foram aprovados mais três mil.








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