Cristo quer reinar nos nossos corações para reinar nas famílias e no mundo: Bento
XVI recebendo uma peregrinação de Amalfi
Jesus Cristo, Rei do Universo, que a Igreja celebra neste domingo, foi evocado pelo
Papa, neste sábado de manhã, recebendo três mil peregrinos da arquidiocese italiana
de Amalfi. Convidando-os a “dirigirem o olhar para o coração do nosso Senhor Jesus
Cristo, Rei do universo, Bento XVI sublinhou que o Evangelho deste domingo mostra
bem que “o seu rosto, revelação do mistério invisível do Pai, é o rosto do bom Pastor”,
pronto a tomar a seu cuidado a ovelha transviada ou doente. “O critério” seguido
pelo Filho do homem, na sua acção de juiz, é – recordou o Papa – “o amor, a caridade
concreta em relação ao próximo, particularmente em relação aos pequenos, às
pessoas em maior dificuldade: com fome ou sede, estrangeiros, sem roupa, doentes,
encarcerados”. “Cristo identifica-se com os seus irmãos mais pequenos, e o
juízo final será o resultado do que já aconteceu na vida terrena.” “É isto o
que interessa a Deus. O que lhe interessa não é a realeza histórica; o que Ele quer
é reinar no coração das pessoas, e a partir daí, sobre o mundo”.
“Ele é rei
de todo o universo, mas o ponto crítico, a zona onde o seu reino corre risco é o nosso
coração, porque é ali que Deus se encontra com a nossa liberdade. Nós, somente nós,
podemos impedi-lo de reinar sobre nós próprios, podendo portanto pôr obstáculo à sua
realeza sobre o mundo: sobre a família, a sociedade, a história”.
Temos a
faculdade de escolher com quem nos queremos aliar: como diz o Evangelho - com Cristo
e seus anjos, ou com o diabo e seus adeptos.
“Toca a nós decidir se praticar
a justiça ou a iniquidade, se abraçar o amor e o perdão ou a vingança e o ódio homicida.
Daqui depende a nossa salvação pessoal, mas também a salvação do mundo. É por isso
que Jesus nos quer associar à sua realeza, convidando-nos a colaborar no advento do
seu Reino de amor, de justiça e de paz. Toca a nós responder-lhe, não com as palavras,
mas sim com os factos”.