2008-11-20 16:54:24

PAPA: QUE OS MOSTEIROS SEJAM OÁSIS DE VIDA ASCÉTICA


Cidade do Vaticano, 20 nov (RV) - Bento XVI recebeu nesta quinta-feira, no Vaticano, 60 participantes da Plenária da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica.

O papa recordou que a Congregação vai comemorar no próximo dia 22 seus 100 anos de fundação, com um Congresso intitulado: "Cem anos a serviço da vida consagrada". A Congregação foi criada em 29 de junho de 1908 por obra do papa S. Pio X.

Bento XVI destacou que a tarefa primordial da Congregação é amparar e custodiar a fidelidade ao chamado divino. Este serviço da Congregação foi ainda mais assíduo depois do Concílio Vaticano II, com o esforço de renovação, seja na vida, seja na legislação, de todos os Institutos religiosos e seculares e das Sociedades de vida apostólica.

Sobre o tema da Plenária, "A vida monástica e o seu significado na Igreja e no mundo de hoje", o papa evidenciou a finalidade simples e, ao mesmo tempo, essencial do monaquismo: quaerere Deus, isto é, buscar Deus e buscá-lo por meio de Jesus Cristo, buscá-lo fixando o olhar sobre as realidades invisíveis que são eternas, na espera da manifestação gloriosa do Salvador.

Para o papa, a expressão de Sto. Agostinho "Não antepor nada a Cristo", que a Regra de S. Bento retoma, expressa muito bem o tesouro precioso da vida monástica praticada até hoje seja no Ocidente, seja no Oriente cristão. Em virtude do primado absoluto reservado a Cristo, os mosteiros são chamados a ser locais para a celebração da glória de Deus, onde se adora e se canta a misteriosa, mas real presença divina no mundo, onde se busca viver o mandamento novo do amor e do serviço recíproco.

Assim, o monaquismo pode constituir para todas as formas de vida religiosa e de consagração uma memória daquilo que é essencial e tem o primado em toda a vida batismal: buscar Cristo e nada antepor ao seu amor.

O papa falou ainda da Assembléia geral do Sínodo dos Bispos, realizada recentemente no Vaticano, que convidou de modo especial as comunidades religiosas e os homens e as mulheres consagrados a fazerem da Palavra de Deus o alimento cotidiano, em especial por meio da prática da lectio divina.

Caros irmãos e irmãs, quem entra em um mosteiro busca um oásis espiritual para aprender a viver como verdadeiros discípulos de Jesus em serena e perseverante comunhão fraterna. Este é o testemunho que a Igreja pede ao monaquismo também neste nosso tempo.

"Que os mosteiros sejam sempre mais oásis de vida ascética, onde se sente o fascínio da união esponsal com Cristo e onde a escolha pelo Absoluto de Deus está envolvida por um constante clima de silêncio e contemplação", concluiu o papa. (BF)







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