FILIPINAS: POLÊMICA SOBRE LEI DA SAÚDE REPRODUTIVA
Manila, 20 nov (RV) - Os bispos filipinos decidiram encontrar os promotores
da lei sobre a saúde reprodutiva, para esclarecer divergências ainda existentes sobre
o controverso procedimento atualmente em discussão na Câmara dos Deputados de Manila.
Segundo quando antecipou aos jornais Dom Socrates Villegas, presidente da Comissão
episcopal sobre a catequese e a educação católica, não se tratará de um encontro coletivo,
mas de encontros individuais.
A iniciativa foi acolhida positivamente pelos
patrocinadores da lei, apesar de que há uma consciência de que um acordo será difícil.
Em uma declaração divulgada nos dias passados, a Conferência episcopal filipina reafirmou
as suas objeções ao procedimento. Segundo os bispos, ainda que existam medidas compartilhadas
como aquelas que se referem à tutela da saúde da mãe e da criança, a promoção da amamentação
no seio, à luta contra as violências às mulheres, a atual formulação da lei apresenta
diversos pontos críticos que ameaçam a vida das crianças não nascidas, a estabilidade
da família e a dignidade da mulher.
Entre os limites do texto atualmente em
discussão, a nota dos bispos assinala em particular a ausência de uma definição explícita
do momento no qual tem início a vida e a introdução em todas as escolas de um único
programa nacional de educação sexual que, por sua vez, ameaçaria a liberdade de consciência
e de expressão neste âmbito.
Para poder passar ao Senado a proposta de lei
tem necessidade da maioria simples dos votos da Câmara dos Deputados. Segundo algumas
pesquisas o procedimento, ao qual poderia ser vetado pela Presidente Arroyo, tem o
apoio de 70% dos filipinos. (SP)