2008-11-19 11:57:21

CONTINUAM AS NEGOCIAÇÕES PARA A LIBERTAÇÃO DE DUAS RELIGIOSAS SEQUESTRADAS NO QUÊNIA


Nairóbi, 19 nov (RV) - Continua-se a trabalhar na mais estreita reserva para libertar Caterina Giraudo (67 anos) e Maria Teresa Olivero (61), as duas religiosas italianas seqüestradas no último dia 9 de novembro no Quênia por homens armados e provavelmente levadas para a Somália. Sobre as duas irmãs sabe-se que estão bem, como referiu três dias atrás o funcionário do governo, Josefant Maingi.

Teriam sido iniciados contatos com os seqüestradores através de líderes tribais de El Wak. Um trabalho muito delicado que exclui a hipótese de uma ação armada, hipótese lançada pelo jornal queniano “The Standard”, que citou o porta-voz do exército do Quênia, Ongeri. Segundo ele as tropas quenianas estariam “prontas a intervir contra os milicianos”, se as duas religiosas e o motorista que as acompanhava não fossem libertados imediatamente.

Sobre a questão interveio também o ministro do Exterior Italiano, Franco Frattini, que desmentiu com firmeza a hipótese de uma ação do exército queniano, pois seria muito perigoso, especialmente se anunciado antes. Entretanto se multiplicam os apelos pela libertação das duas religiosas e de todos os agentes humanitários nas mãos de grupos de seqüestradores somalis.

Último em ordem de tempo é o apelo de Nino Sergi, secretário geral da organização não governamental Intersos, que aproveitou a ocasião para pedir que a “política e os meios de comunicação abram os olhos sobre a realidade da Somália”. Sergi denuncia “o crescente desinteresse da comunidade internacional, com exceção de algumas iniciativas, e a escolha de fechar os olhos diante da gravidade dos fatos: um país por dezoito anos sem Estado, abandonado a si próprio, na sua pobreza, na mais total desagregação social, nas mãos de prepotentes e com as portas abertas a quaisquer atividades ilícitas”.

Como ONG, afirma Sergi, “não pretendemos abandonar a Somália”. “Também a cooperação iniciada pelos Governos e pelas agências internacionais deve continuar, afirma ainda o secretário da ONG. É necessário pensar no papel das Nações Unidas na região e repensar nas escolhas e no compromisso dos países membros”, entre os quais a Itália. Segundo Sergi também é necessário “valorizar o já positivo papel da Europa” e apoiar as iniciativas regionais africanas. (SP)







All the contents on this site are copyrighted ©.