2008-11-17 13:03:06

A Santa Sé prossegue o seu empenho a favor da paz e reconciliação no Líbano e em toda o Médio Oriente: assegurou Bento XVI recebendo o Embaixador libanês


(17/11/2008) “O Líbano deveria ser uma espécie de laboratório para a busca de soluções eficazes aos conflitos que desde há muito agitam a região do Médio Oriente”: declarou Bento XVI recebendo nesta segunda de manhã o novo Embaixador do Líbano junto da Santa Sé, Georges Chakib El Khoury.
O Líbano – observou o Papa - é “berço de uma antiga cultura que irradiou por todo o Mediterrâneo e ainda mais além; país de numerosas confissões religiosas que souberam mostrar serem capazes de conviver e de colaborar fraternamente”. “Na riqueza da sua diversidade, o povo libanês tem um profundo amor à sua terra, cultura e tradições, permanecendo ao mesmo tempo fiel à sua vocação de abertura universal”.
Pela sua experiência de “colaboração intercomunitária e intercultural”, o Líbano constituiu “um tesouro confiado a todos os libaneses” – considerou Bento XVI. Estes têm portanto o “dever” de preservar este dom e de o fazer frutificar, a bem de toda a Nação”. O Papa exprimiu o desejo de que a comunidade internacional proteja e valorize este “tesouro”, ajudando a evitar que este país se torne “terreno de confronto para os conflitos regionais ou internacionais”.
Bento XVI fez votos de que, “pondo de lado os interesses particulares e curando as feridas do passado”, todos os libaneses “se empenhem efectivamente na via do diálogo e da reconciliação, para permitir ao país progredir na estabilidade”. Para tal (advertiu), há que prosseguir no esforço de “construir conjuntamente as instituições libanesas”. Uma “atitude fundamental” se impõe, um critério geral: “que cada componente do povo libanês se sinta verdadeiramente em casa no Líbano” e que sejam “de facto tomadas em consideração as suas preocupações e legítimas aspirações, no respeito recíproco dos direitos dos outros”.
O que requer “uma verdadeira educação das consciências para a paz, a reconciliação e a o diálogo” – sublinhou ainda Bento XVI, citando João Paulo II: “Nunca se esqueça que um gesto de paz pode desarmar o adversário e convida muitas vezes este último a responder positivamente à mão estendida”. Só será possível uma “paz duradoura” – advertiu o Papa – se “prevalecer em todos uma autêntica vontade de viver conjuntamente na mesma terra e de considerar a justiça, a reconciliação e o diálogo como o quadro propício à resolução dos problemas das pessoas e dos grupos”.
“Particularmente sensível aos sofrimentos que conhecem desde há muito as populações do Médio Oriente, a Santa Sé – assegurou Bento XVI - prossegue com determinação o seu empenho a favor da paz e da reconciliação no Líbano e em toda este região tão cara ao coração dos crentes”.
A concluir o seu discurso na apresentação das Cartas Credenciais do novo Embaixador do Líbano, Bento XVI dirigiu uma saudação aos Bispos e às comunidades católicas do país. Evocando a recente beatificação, em Beirute, do Padre Jacques Haddad, “apóstolo da misericórdia e ardente pregador da Palavra de Deus”, o Papa convidou os católicos a serem, no meio dos seus compatriotas e sempre em comunhão com os seus Pastores, “ardorosos construtores de unidade e fraternidade”.








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