2008-11-16 10:08:52

G20: Reformar as instituições financeiras, potenciar a cooperação internacional, recuperar a confiança nos mercados


(16/11/2008) Os líderes dos países mais industrializados do mundo e emergentes (G20), reunidos em Washington, estão empenhados em encontrar medidas de regulação dos mercados financeiros. O “plano de acção”, que será desenhado até Março, deverá ter cinco linhas condutoras: reforçar a transparência e a responsabilidade dos mercados, promover uma forma de regulação eficaz e harmonizada, garantir a integridade dos mercados, potenciar a cooperação internacional e reformar as principais instituições financeiras internacionais.

Apesar de as medidas terem de ser encontradas até 31 de Março, o Presidente francês, Nicolas Sarkozy sugeriu que o próximo encontro do G20 se realizasse em Londres, já que a Grã-Bretanha presidirá o grupo dos principais países industrializados e emergentes em 2009. De acordo com o comunicado emitido no final do encontro deste sábado, a próxima reunião deverá acontecer a 30 de Abril, já sem o Presidente cessante Bush, visto que Obama toma as rédeas da Casa Branca a 20 de Janeiro.

O G20 chegou a acordo sobre a necessidade de se relançar de forma coordenada e concertada a acção económica. É neste contexto que surge o esperado “plano de acção” com uma lista de medidas prioritárias que devem ser estipuladas até 31 de Março de 2009.

Na primeira parte do documento apresentado no final da cimeira, com cinco páginas, o G20 apela à intensificação dos esforços governamentais para relançar as economias nacionais, cooperar na regulação internacional do sistema financeiro, reformar as estruturas globais de ajuda aos países em desenvolvimento e rejeitar o proteccionismo. Com o objectivo de prevenir uma crise semelhante à presente, os ministros das Finanças do G20 serão confrontados com recomendações específicas para harmonizarem os padrões internacionais de regras contabilísticas.

A segunda parte do documento - igualmente com cinco páginas - rotulada de "plano de acção", contempla medidas para melhorar a transparência e responsabilidade, a regulação e a confiança nos mercados, o fortalecimento da cooperação e a reforma das instituições internacionais
No encontro ficou também decidido que os países em desenvolvimento serão representados no seio do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial.
O Fórum de Estabilidade Financeira é outra estrutura que os países reunidos sentem que é importante abrir às economias emergentes.

O grupo quer também conseguir, antes do fim do ano, um acordo com a Organização Mundial do Comércio, sobre a liberalização das trocas mundiais
Nas últimas semanas a China foi criticada por tomar medidas para apoiar as suas exportações, um dos principais motores da economia do país, para fazer face à desaceleração da procura mundial.










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