2008-11-16 10:08:44

Eleições legislativas na Guiné Bissau á procura de estabilidade


(16/11/2008) Cerca de meio milhão de eleitores inscritos são hoje chamados às urnas na Guiné-Bissau, para as eleições legislativas. O novo Governo substituirá o executivo de gestão liderado por Carlos Correia, que apenas durou três meses.

A comunidade guineense na diáspora não vota (apesar de estar previsto na lei, apenas votaram em 1999), ficando o Parlamento incompleto, uma vez que não serão eleitos os dois deputados que corresponderiam aos guineenses a viver em países europeus e africanos. Apenas se preenchem 100 lugares.

Em período de campanha eleitoral na Guiné Bissau foram várias as candidaturas que se acusaram mutuamente de estarem a beneficiar do dinheiro do narcotráfico; designadamente do contrabando de cocaína latino-americana que passa pela África Ocidental a caminho da Europa.

No caso de o Partido da Renovação Social vencer, a sua primeira decisão seria "prender todos os traficantes de droga e entregá-los à comunidade internacional para serem julgados", declarou Kumba Ialá ao reconhecer que o problema do narcotráfico "coloca em causa a continuidade do Estado", conforme as Nações Unidas já têm admitido.

A participação neste acto eleitoral de 19 partidos e duas coligações "é excessiva", no entender do embaixador aposentado Inácio Semedo Júnior, a residir em Portugal. Só cinco das listas se lhe apresentam com alguma credibilidade e possibilidade de conseguirem eleger deputados. A quantidade de partidos é tanto mais excessiva quando se trata de um país que vem nos últimos lugares do Índice de Desenvolvimento Humano elaborado pela ONU.


Depois destas eleições, os guineenses terão as presidenciais de 2010; e é porventura já a pensar nelas que o chefe de Estado, Nino Vieira, tem tido uma posição algo ambígua quanto ao actual jogo de forças.








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