Sensibilizar a opinião publica sobre o dever de reservar ás crianças todas as atenções
necessárias para o seu desenvolvimento físico e espiritual harmonioso. Sida e doenças
das crianças muitas vezes fruto de injustiças sociais
(15/11/2008) Bento XVI recebeu no Vaticano os participantes na conferencia internacional
do Conselho pontifício para a pastoral da saúde, que nestes dias debateu o tema «A
pastoral no cuidado a crianças doentes». O Santo Padre manifestou a certeza de que
estes dias de reflexão e confronto sobre um tema tão actual, contribuirão para sensibilizar
a opinião publica sobre o dever de reservar ás crianças todas as atenções necessárias
para o seu desenvolvimento físico e espiritual harmonioso. E se isto vale para todas
as crianças, vale ainda mais para as crianças doentes e necessitadas de cuidados médicos
especiais. Não é supérfluo recordar - afirmou depois o Santo Padre – que no centro
de cada intervenção medica deve estar sempre a consecução do verdadeiro bem da criança,
considerada na sua dignidade de sujeito humano com plenos direitos. Portanto deve
ser acudida sempre com amor, para a ajudar a enfrentar o sofrimento e a doença, também
ainda antes do nascimento, na medida adequada á situação. Tendo depois em conta
o impacto emotivo, devido á doença e aos tratamentos a que a criança é submetida,
que não raras as vezes resultam particularmente invasivos, é importante assegurar-lhes
uma comunicação constante com os familiares. O aspecto sanitário e o aspecto humano
nunca devem estar dissociados , e cada estrutura assistencial e de saúde, sobretudo
se animada por genuíno espírito cristão, tem o dever de oferecer o melhor que há de
competência e humanidade. O doente, de maneira especial a criança, compreende particularmente
a linguagem da ternura e do amor, manifestado através de um serviço primoroso, paciente
e generoso, animado nos crentes pelo desejo de manifestar a mesma predilecção que
Jesus nutria pelos pequeninos. No seu discurso Bento XVI quis dirigir um pensamento
especial aos pequenos órfãos ou a abandonados por causa da miséria e da desagregação
familiar, as crianças vitimas da SIDA ou da guerra e dos tantos conflitos armados
que se verificam em varias partes do mundo. A Igreja não esquece estes seus filhos
mais pequenos e se, por um lado, aplaude as iniciativas das Nações mais ricas para
melhorar as condições do seu desenvolvimento, por outro, adverte com força o dever
de convidar a prestar uma maior atenção a estes nossos irmãos, para que graças á nossa
solidariedade coral, possam olhar para a vida com confiança e esperança