2008-11-15 12:37:20

PAPA: IGREJA RECONHECE, APRECIA E VALORIZA PAPEL DA MULHER


Cidade do Vaticano, 15 nov (RV) - O papa pediu hoje mais uma vez a formação de uma nova geração de políticos católicos, coerentes com a fé e servidores do bem comum. Recebendo os participantes da Plenária do Pontifício Conselho para os Leigos, Bento XVI reiterou a necessidade e a urgência da formação evangélica e do acompanhamento pastoral de uma nova geração de católicos, mais engajada na política. Para o papa, os novos políticos católicos devem ser:

“Coerentes com a fé professada, moralmente rigorosos, capazes de um juízo cultural, competentes profissionalmente, e devem também ser apaixonados pelo serviço em prol do bem comum”.

Por sua vez – disse o papa – os leigos devem dar testemunho de caridade, especialmente com os pobres, os sofredores, os mais carentes; e devem também assumir o compromisso cristão de construir condições de maior justiça e paz na convivência humana, abrindo novas fronteiras ao Evangelho.

“Peço ao Pontifício Conselho para os Leigos - acrescentou – que acompanhe com diligente zelo pastoral a formação, o testemunho e a colaboração dos fiéis leigos em todas as situações que colocam em risco a autêntica qualidade da vida humana na sociedade” - acrescentou Bento XVI.

A este respeito, o pontífice citou a exortação apostólica ‘Christifideles laici’, de João Paulo II, relevando que “o grande trabalho na vinha do Senhor precisa de fiéis cristãos leigos, que, como a Santíssima Virgem Maria, digam e vivam o seu ‘sim’ ao desígnio de Deus, em suas vidas”.

Em sua saudação ao papa, o cardeal presidente do Pontifício Conselho para os Leigos, Stanislaw Rylko, citou o documento de Wojtyla, afirmando que “se o desinteresse sempre foi inaceitável, hoje ele se tornou ainda mais detestável”.

Entre as questões mais relevantes aos cuidados do Pontifício Conselho para os Leigos, está a questão da mulher, disse o papa.

“Jamais será dito o suficiente para expressar o quanto a Igreja aprecia, reconheçe e valoriza a participação das mulheres em sua missão de serviço na difusão do Evangelho. Iguais em dignidade, homem e mulher são chamados a enriquecer-se mutuamente em comunhão e colaboração, não apenas no matrimônio e na família, mas também na sociedade, em todas as suas dimensões”.

“Às mulheres cristãs, requer-se consciência e coragem para enfrentar tarefas exigentes, para as quais, todavia, contam com o apoio de uma destacada propensão à santidade, de uma perspicácia no discernimento das correntes culturais de nossos tempos, e da paixão especial em lidar com o humano, que a caracteriza" – completou o pontífice.

O papel das mulheres na Igreja e na sociedade foi exaltado 20 anos atrás por João Paulo II, com a carta apostólica ‘Mulieris dignitatem’. Esta manhã, Bento XVI exortou cardeais, bispos, sacerdotes e responsáveis por associações e movimentos leigos presentes na audiência a inspirarem-se nela, em sua ação.
(CM)









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