PAPA: IGREJA RECONHECE, APRECIA E VALORIZA PAPEL DA MULHER
Cidade do Vaticano, 15 nov (RV) - O papa pediu hoje mais uma vez a formação
de uma nova geração de políticos católicos, coerentes com a fé e servidores do bem
comum. Recebendo os participantes da Plenária do Pontifício Conselho para os Leigos,
Bento XVI reiterou a necessidade e a urgência da formação evangélica e do acompanhamento
pastoral de uma nova geração de católicos, mais engajada na política. Para o papa,
os novos políticos católicos devem ser:
“Coerentes com a fé professada, moralmente
rigorosos, capazes de um juízo cultural, competentes profissionalmente, e devem também
ser apaixonados pelo serviço em prol do bem comum”.
Por sua vez – disse o
papa – os leigos devem dar testemunho de caridade, especialmente com os pobres, os
sofredores, os mais carentes; e devem também assumir o compromisso cristão de construir
condições de maior justiça e paz na convivência humana, abrindo novas fronteiras ao
Evangelho.
“Peço ao Pontifício Conselho para os Leigos - acrescentou – que
acompanhe com diligente zelo pastoral a formação, o testemunho e a colaboração dos
fiéis leigos em todas as situações que colocam em risco a autêntica qualidade da vida
humana na sociedade” - acrescentou Bento XVI.
A este respeito, o pontífice
citou a exortação apostólica ‘Christifideles laici’, de João Paulo II, relevando que
“o grande trabalho na vinha do Senhor precisa de fiéis cristãos leigos, que, como
a Santíssima Virgem Maria, digam e vivam o seu ‘sim’ ao desígnio de Deus, em suas
vidas”.
Em sua saudação ao papa, o cardeal presidente do Pontifício Conselho
para os Leigos, Stanislaw Rylko, citou o documento de Wojtyla, afirmando que “se o
desinteresse sempre foi inaceitável, hoje ele se tornou ainda mais detestável”.
Entre
as questões mais relevantes aos cuidados do Pontifício Conselho para os Leigos, está
a questão da mulher, disse o papa.
“Jamais será dito o suficiente para expressar
o quanto a Igreja aprecia, reconheçe e valoriza a participação das mulheres em sua
missão de serviço na difusão do Evangelho. Iguais em dignidade, homem e mulher são
chamados a enriquecer-se mutuamente em comunhão e colaboração, não apenas no matrimônio
e na família, mas também na sociedade, em todas as suas dimensões”.
“Às mulheres
cristãs, requer-se consciência e coragem para enfrentar tarefas exigentes, para as
quais, todavia, contam com o apoio de uma destacada propensão à santidade, de uma
perspicácia no discernimento das correntes culturais de nossos tempos, e da paixão
especial em lidar com o humano, que a caracteriza" – completou o pontífice.
O
papel das mulheres na Igreja e na sociedade foi exaltado 20 anos atrás por João Paulo
II, com a carta apostólica ‘Mulieris dignitatem’. Esta manhã, Bento XVI exortou cardeais,
bispos, sacerdotes e responsáveis por associações e movimentos leigos presentes na
audiência a inspirarem-se nela, em sua ação. (CM)