2008-11-15 17:49:00

ENCONTRO "HOMENS E RELIGIÕES" EM CHIPRE


Nicósia, 15 nov (RV) – Amanhã, domingo, será inaugurada, no Centro Esportivo da Universidade de Chipre, a reunião anual de representantes religiosos, organizada pela Comunidade romana de Santo Egidio.

O evento, que terá como tema “A civilização da paz: religiões e culturas em diálogo”, realiza-se em cooperação com a Igreja Ortodoxa do Chipre, 22 anos depois o histórico Dia Mundial da Oração pela Paz, convocado por João Paulo II, na cidadezinha de São Francisco de Assis.

O encontro “Homens e Religiões” reunirá durante três dias, chefes de Estado da Europa, África e América Central e mais de 200 personalidades religiosas e leigas, cardeais, patriarcas, primazes de Igrejas cristãs, o rabino chefe de Israel, Yona Metzger, e o conselheiro do rei dos Emirados Árabes Unidos, além de líderes de outras confissões.

Confirmaram presença, entre outros, o presidente do Chipre, o grão-duque de Luxemburgo e os presidentes de Montenegro, Malta, Albânia e Bósnia-Herzegovina.

O presidente da comunidade de Santo Egidio, Marco Impagliazzo, destacou alguns motivos que levaram a escolher esta ilha do Mediterrâneo como sede do encontro, depois do último encontro, que se realizou em Nápoles, ano passado, que contou com a participação de Bento XVI.

O presidente Impagliazzo, disse: “Vamos reunir-nos num lugar de divisão. Infelizmente, na ilha do Chipre ainda se levanta um muro entre a parte greco-cipriota e a parte turco-cipriota. É o último muro que resta na Europa. Esperemos que a presença de peregrinos da paz, que rezam pela paz, possa servir para contribuir para derrubar pelo menos parte deste muro”. A ilha se encontra dividida em duas, após a intervenção militar turca em 1974.

Marco Impagliazzo considera muito significativo também que o encontro aconteça a convite da Igreja Ortodoxa do país, que representa “um passo no diálogo ecumênico”. Ele espera que este encontro dê um novo impulso ao diálogo entre as religiões e as culturas, “porque este diálogo pode ajudar o mundo a melhorar, sobretudo as regiões em conflito”.

A complicada situação política entre a Turquia e Chipre não permitiu a participação do patriarcado ecumênico de Constantinopla. Por este motivo estarão ausentes os representantes islâmicos e judaicos da Turquia. (MT)







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