2008-11-12 14:17:28

MOSTRA FOTOGRAFICA: "O AMOR DE UM HOMEM"


Cidade do Vaticano, 11 nov (RV) - A Igreja e, em particular a Companhia de Jesus, comemoram os 100 anos do nascimento de Padre Pedro Arrupe SJ, fundador do Serviço Jesuíta para Refugiados-JRS. Na próxima sexta-feira, dia 14 esse Serviço estará completando 28 anos.

Presente hoje em 57 países, essa organização atua em favor de 500 mil refugiados. No âmbito das comemorações pelo centenário de nascimento de Padre Arrupe está-se realizando na Igreja de Jesus, em Roma, uma mostra fotográfica com o título "A man on fire – O amor de um homem". Articulada em diversos painéis, a mostra é uma resposta ao apelo lançado por Padre Arrupe em prol dos refugiados.

Nos anos 80, os jesuítas desembarcaram na Tailândia, para acompanhar os refugiados. Naqueles anos, o já amargo destino dos "boat people" se fez ainda mais dramático. Então, o JRS instituiu programas em todos os campos para refugiados provenientes do Camboja, Vietnã e Laos.

A organização não levou muito tempo para lançar iniciativas também no resto do mundo, onde havia necessidade e a situação o permitia.

Os primeiros anos de atividades foram de grande criatividade. Não havia esquemas prefixados. Até hoje, para o JRS, a flexibilidade é um elemento imprescindível, uma vez que permite responder com rapidez e eficácia às necessidades que se apresentam. Pe. Michael Campbell-Johnston SJ, afirmava: "Compreendemos como era grave o problema dos refugiados na Eritréia e na Somália, e até mesmo aqui, em Roma."

Para oferecer alimento e abrigo, foi constituído o Centro Astalli, no andar térreo daquele edifício que viu Santo Inácio e seus companheiros ajudarem as vítimas da penúria de 1538. Ainda hoje, o Centro Astalli assiste todos os dias, até 300 refugiados.

"Trabalhando com os refugiados, estou cada vez mais consciente de que se eu não der tudo de mim mesmo, seria melhor que não desse nada. Quem morre de fome, quem não tem casa nem amigos, facilmente perde o sentido da dignidade humana. Não basta dar a eles somente aquilo de que têm necessidade. Devo dar, de tal modo, que meu gesto reacenda neles a consciência do próprio valor, da própria dignidade humana, a fim de que renasça neles a esperança e a confiança na humanidade": são palavras de Pe. William Yeomans, do JRS-Ásia Pacífico. (SP)







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