Cidade do Vaticano, 12 nov (RV) - Acompanhar, servir e defender a causa dos
refugiados: a missão do Serviço Jesuíta para Refugiados-JRS foi formulada oficialmente
em meados dos anos 90 e espelha a visão de Padre Arrupe - do qual se comemora o centenário
de seu nascimento- e os ideais que desde o início deram forma à organização. O JRS
está hoje presente em 57 países, e nasce da intuição de Padre Arrupe.
Uma mostra
fotográfica montada na Igreja de Jesus, em Roma faz uma viagem dentro da idéia do
JRS, de seu “estar” com os refugiados, porque “estar” com os refugiados é a essência
verdadeira do organismo, um ideal imperecível de presença pastoral entre aqueles que
vivem isolados, escondidos dos olhos do homem comum. A atenção é dirigida aos refugiados
e não aos serviços prestados ou aos cenários políticos ou sócio-econômicos que os
oprimem. É precisamente vivendo com os refugiados que o JRS aprende a servir-los melhor.
Um
conceito esse expresso com clareza em 1985: “O JRS afirma, de fato, de dar um dimensão
específica ao próprio trabalho ... procuramos colocar uma ênfase especial no “estar
com” ao invés de “fazer para”. Queremos que a nossa presença entre os refugiados seja
presença de partilha, de acompanhamento, de caminhar de juntos ao longo da mesma estrada”.
A
natureza do relacionamento entre o JRS e aqueles que o organismo serve é a de uma
fiel aliança: “acompanhamos os refugiados ao longo de todo o seu exílio, até retornarem
às suas casas – e então o JRS os ajuda a reconstruí-las – ou se estabelecerem em outro
lugar”. Victor Wilondja, da República Democrática do Congo recorda as palavras
de agradecimento e gratidão dirigidas ao JRS por alguns deslocados na véspera de seu
retorno a casa: “Nós não esqueceremos jamais de vocês”.
O JRS não era a única
organização a cuidar deles, nem a mais importante. Mas o que tinha então de especial
o seu serviço? Simplesmente a presença constante entre os irmãos e irmãs necessitados.
(SP)