Envidar esforços para libertar o homem dos fantasmas do racismo e da xenofobia
(11/11/2008) "Duplicar os esforços para libertar o homem dos fantasmas do racismo,
da marginalização e da xenofobia": esse foi o tema central do discurso do secretário
da Congregação para a Educação Católica, D. Jean-Louis Bruguès, no âmbito do IV Seminário
do Conselho da Europa dos ministros da Educação. A reunião, que teve como tema "Ensinar
a memória: para viver numa Europa de liberdade e de direito", se realizou-se em Norimberga
e Dachau, de 5 a 7 de Novembro. O valor e o dever da memória foram os tópicos
do discurso proferido em Norimberga lugar-símbolo de eventos dramáticos como as grandes
concentrações nazistas, assim como o processo que condenou vários criminosos de guerra,
responsáveis por crimes atrozes contra a humanidade. Estes factos , disse aquele
prelado, falam-nos do drama de uma época na qual liberdade e justiça eram negadas;
na qual a dignidade humana foi espezinhada. Por isso, a Santa Sé manifesta satisfação
pelas iniciativas que recordam aqueles episódios: são um apelo à responsabilidade
na construção do presente e do futuro da Europa." "O direito e a liberdade - frisou
o secretário da Congregação para a Educação Católica - são essenciais para evitar
recaídas totalitárias desrespeitosas do homem. Tal risco existe quando faltam a paixão
pela justiça e a liberdade, e o compromisso com a memória dos milhões de filhos do
povo judaico." Consequentemente , é preciso duplicar os esforços para combater
o racismo, a exclusão e a submissão - males que minam os fundamentos da convivência
pacífica entre os homens. "O dever da memória - finalizou o representante da Santa
Sé - deve continuar a tocar os nossos corações e as nossas mentes, levar a razão a
reconhecer o mal e a rejeitá-lo, e suscitar em nós a coragem do bem." Uma tarefa
que se manifesta na tentativa de tornar cada vez mais humano o homem, e contribuir
assim para a construção de uma Europa mais solidária e democrática , respeitosa das
diversidades e consciente da sua identidade