Cidade do Vaticano, 06 nov (RV) - O papa recebeu nesta quinta a nova embaixadora
do Egito junto à Santa Sé, Aly Hamada Mekhemar, para a apresentação de suas credenciais.
No
seu discurso, o papa falou das situações de violência que abalam o Oriente Médio,
a África e Ásia, convidando a comunidade internacional a favorecer a reconciliação.
No
alvorecer do mundo, disse Bento XVI, o Egito aprendeu a compreender o que quer dizer
encontro e mistura de povos, culturas e crenças religiosas. Essa riqueza cultural
e espiritual fez do Egito um exemplo de sabedoria e de equilíbrio, que deve ser ainda
hoje motor de uma incessante construção da paz em nível mundial.
A relação
entre povos foi certamente baseada em um profundo respeito recíproco das identidades
e das tradições religiosas, recordou o pontífice. E justamente esta colaboração inter-religiosa
é um aspecto essencial para contrastar a violência em ato em muitas regiões da África,
da Ásia, e em especial do Oriente Médio. Nesta situação, disse o papa, as religiões
podem e devem ser fatores de paz. Mas, infelizmente, podem ser escassamente compreendidas
e utilizadas para provocar violência e morte.
Bento XVI falou ainda da relação
com o Islã e das reuniões anuais entre o instituto Al-Azhar al-Sharif e o Pontifício
Conselho para o Diálogo Inter-religioso.
A propósito, disse o pontífice, o
governo egípcio poderia oferecer aos inúmeros turistas cristãos que visitam o Egito
"a oportunidade de rezar com dignidade em locais de culto apropriados". Para o papa,
isso demonstraria que o Egito pretende promover amigáveis e fraternas relações entre
as religiões e os povos, em pleno acordo com a sua antiga e nobre tradição. (BF)