MUÇULMANOS CONVERTIDOS AO CRISTIANISMO PEDEM LIBERDADE RELIGIOSA AOS ESPECIALISTAS
REUNIDOS NO VATICANO
Cidade do Vaticano, 05 nov (RV) – Um apelo assinado por 144 pessoas pede aos
especialistas reunidos no Vaticano, no fórum católico-muçulmano sobre o tema "Amor
a Deus, amor ao próximo", que não se esqueçam da difícil situação dos cristãos, tratados
"como marginalizados e como párias". Dentre as solicitações mais urgentes, destacamos
a garantia de liberdade de conversão.
O grupo é composto por 144 cristãos,
77 dos quais muçulmanos convertidos ao Cristianismo. O apelo que dirigiram aos especialistas
católicos e islâmicos reunidos no Vaticano pede em favor das minorias cristãs e dos
muçulmanos convertidos ao Cristianismo, nos países islâmicos.
Os signatários
do apelo _ católicos, ortodoxos e protestantes do norte da África e do Oriente Médio
_ pedem que o fórum em andamento no Vaticano possa levar aos seguintes resultados.
_ que a lei islâmica (xariá) não se aplique aos não-muçulmanos; _ que seja
abolida a condição dos "dhimmi", ou seja, cidadãos de segunda classe; _ e que a
liberdade de se converter a outra religião seja considerada como um direito fundamental.
No
apelo, enviado à agência missionária de notícias AsiaNews e publicado na Internet,
os signatários expressam alegria pelos progressos feitos nos últimos anos e pela carta
dos 138 sábios muçulmanos, definida por muitos como um testemunho de que "o Islamismo
não é contra os cristãos".
Todavia _ sublinham no apelo _ a condição de minoria
dos cristãos nos países islâmicos, "já marcada pelo insuportável peso do estado "dhimmi",
que literalmente significa "grupo protegido graças ao pagamento de uma taxa ao governo
islâmico, mas excluído da efetiva paridade social", se vê agravada pelo crescimento
do Islamismo militante dos últimos tempos. (AF)