2008-11-04 13:05:33

CONGO: GRAVÍSSIMA A EMERGÊNCIA HUMANITÁRIA


Norte Kivu, 04 nov (RV) - Momentos de expectativa no conflito no Norte Kivu, a região ocidental do Congo onde há meses se enfrentam os rebeldes, liderados pelo general ‘Nkunda, e as tropas do governo. A guerrilha está acampada às portas da cidade de Goma e parece que de um momento para outro pode cair nas mãos dos rebeldes. Entretanto, é gravíssima a emergência humanitária. Para os mais de 1 milhão e 600 mil refugiados – segundo fontes européias – estão chegando as primeiras ajudas internacionais entre mil dificuldades.

Por sua vez, se multiplicam os apelos à paz no Norte Kivu, sobretudo pela preservação das crianças. Apesar da ordem de evacuação imposta às principais organizações humanitárias por motivos de segurança, continua o trabalho dos voluntários do VID, Voluntariado Internacional para o Desenvolvimento e dos salesianos no centro Dom Bosco de Goma. No momento são 500 as crianças, na maioria órfãos de guerra, hospedados na estrutura, onde todos os dias chegam deslocados, mulheres grávidas e anciãos.

Entretanto, o arcebispo da capital, Kinshasa, Dom Laurent Monsengwo Pasinya, expressou sua dor com a retomada da guerra e pediu o respeito dos acordos alcançados. Sobre a responsabilidade pelo conflito, o prelado acusa o exército, os grupos armados e as potências estrangeiras.

Dirigindo-se aos rebeldes (Forces Democratiques de Liberation du Rwanda – rebeldes hutu refugiados no Congo e Congrés National pour la Défense du Peuple), o arcebispo de Kinshasa afirma: "A minha mensagem é dirigida a todos. A guerra não resolve os problema do Congo. Mesmo reconhecendo que as instituições do país têm direito de se defender, inclusive com as armas, defender o país e seu povo, eu digo e peço a todos que a guerra tem que acabar. Aos rebeldes digo simplesmente: este é um caminho errado e certamente não será o caminho para que sejam os protagonistas da história do Congo". (SP-BF)







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