SACERDOTES PERMANCEM EM GOMA APESAR DAS VIOLÊNCIAS

Goma, 03 nov (RV) - “Nós não iremos embora. No centro Dom Bosco de Ngangi da cidade de Goma, no Congo, se encontram mais de 350 crianças das quais 70 com menos de 3 anos, e que não têm ninguém neste mundo que se ocupe delas a não ser nós três religiosos, duas irmãs salesianas e quatro voluntários”. Foi o que reafirmou padre Mario Perez, salesiano e diretor do Dom Bosco de Ngangi. “Impossível também tirá-los daqui”, prossegue o sacerdote que assegura: “Ficamos aqui e temos confiança de que a situação se acalmará. Abrimos as portas do Centro a todos os deslocados que pedem ajuda. Até agora temos 300: muitos sãos crianças com problemas de saúde e de desnutrição”.

“Hoje a situação na cidade é mais tranqüila, as pessoas começaram a sair às ruas e as lojas reabriram suas portas”, declarou Gavin Braschi, responsável pelos projetos do Voluntariado Internacional para o Desenvolvimento em Goma: “As partes estão negociando, há uma tímida tranqüilidade”. Centenas de pessoas que chegaram a Goma nos últimos dias estão procurando encontrar um lugar para ficar, ainda que seja precário. Para os refugiados, de fato, que enchem as ruas, não há nenhuma assistência. O temor neste momento são as epidemias. (SP)