Kinshasa, 03 nov (RV) - Os ministros das Relações Exteriores da França e da
Grã-Bretanha lançaram um apelo conjunto para solucionar o conflito em Kivu do Norte,
na República Democrática do Congo.
A diplomacia européia expressou a possibilidade
de reforçar a força de paz da Onu (MONUC) no país, e pediu aos governos congolês e
ruandês que voltem a negociar. No entanto, a emergência humanitária aumenta: fala-se
de mais de um milhão e 600 mil refugiados.
O arcebispo da capital, Kinshasa,
Dom Laurent Monsengwo Pasinya, expressou sua dor com a retomada da guerra e pediu
o respeito dos acordos alcançados. Sobre a responsabilidade pelo conflito, o prelado
acusa o exército, os grupos armados e as potências estrangeiras.
Dirigindo-se
aos rebeldes (Forces Democratiques de Liberation du Rwanda – rebeldes hutu refugiados
no Congo e Congrés National pour la Défense du Peuple), o arcebispo de Kinshasa afirma:
"A minha mensagem é dirigida a todos. A guerra não resolve os problema do Congo. Mesmo
reconhecendo que as instituições do país têm direito de se defender, inclusive com
as armas, defender o país e seu povo, eu digo e peço a todos que a guerra tem que
acabar. Aos rebeldes digo simplesmente: este é um caminho errado e certamente não
será o caminho para que sejam os protagonistas da história do Congo". (BF)