Não existe contraste entre evolução e criação: salientou o Papa falando aos membros
da Academia Pontificia das Ciencias
(31/10/2008) O Santo Padre recebeu em audiência os participantes na assembleia plenária
da Academia pontifícia das Ciências. No discurso que lhes dirigiu salientou que a
verdade cientifica em si mesma é uma forma de participação da verdade divina. A ciência
assim entendida - acrescentou – pode ajudar a filosofia e a teologia a compreender
também melhor a pessoa humana e a revelação de Deus acerca do homem, uma revelação
que é completa e perfeita em Jesus Cristo. A natureza – disse o Papa – é u m livro
cuja historia, cuja evolução, cuja escritura e significado nós lemos segundo os diferentes
contactos das ciências, mantendo ao mesmo tempo firme o pressuposto da presença fundante
do autor que se quis revelar na natureza. Bento XVI fez referencia no seu discurso
ao evolucionismo, atacado nos Estados Unidos da parte de muitos intelectuais cristãos,
que a ele contrapõem a teoria do desígnio inteligente, segundo o qual a simples evolução
não é suficiente para explicar a complexidade do universo, que pelo contrario deve
pressupor um criador infinitamente inteligente e sapiente. O Papa não fez referencia
a esta tensão considerando no seu discurso a evolução com um dado de facto. Mas deu
amplo realce á importância do emergir da ideia de criação no pensamento cristão e
no nascimento da própria ciência .