Terra Santa, 31 out (RV) - Entoando salmos, os cristãos de Jericó compareceram
ontem em massa às margens do rio Jordão, local do batismo de Cristo e onde Israel
permite a entrada apenas um dia por ano.
A procissão partiu de um convento
grego abandonado e se dirigiu, em clima de festa, até as imediações do rio, sempre
sob a vigilância do exército israelense.
Como todos os anos, o padre franciscano
Ovidio Dueñas recolheu as garrafas que, enchidas com a água do rio, serão distribuídas
entre os fiéis que visitam o convento de São Salvador, na cidade velha de Jerusalém.
Neste dia, como explica frei Artemio Vítores, vice-custódio da Terra Santa,
“recordamos o nosso batismo, o momento em que Jesus se batizou, e em que começamos
a nossa vida cristã”.
O ponto exato onde se acredita que Jesus tenha sido
batizado é desde a guerra de 1967 uma área militar fechada, circundada de campos minados
que as autoridades abrem exclusivamente para os católicos na última quinta-feira de
outubro.
As centenas de fiéis participaram de uma missa presidida pelo cardeal
Zen, bispo de Hong Kong, aberta com uma petição pela paz na região. Após a eucaristia,
os peregrinos subiram o Monte das Tentações, em Jericó, onde, segundo a tradição,
Cristo passou 40 dias e foi tentado três vezes. Neste lugar, foi celebrada uma nova
missa e teve fim a peregrinação, que, a princípio, não poderá se repetir até o próximo
mês de outubro. (CM)