2008-10-30 18:20:41

SANTA SÉ PEDE INTERVENÇÃO INTERNACIONAL NO CONGO


Kinshasa, 30 out (RV) - Sobre a violência no leste da República Democrática do Congo, interveio também o presidente do Pontifício Conselho da Justiça e da Paz, Card. Renato Raffaele Martino.

Em nota divulgada nesta quinta-feira, o cardeal afirma que o mundo não pode continuar a olhar, sem reagir, a morte de inocentes, vítimas de atos de violência e de barbárie, nem se desinteressar da situação de milhares de refugiados que fogem da guerra e estão expostos às intempéries, às doenças e à fome.

O Pontifício Conselho então se dirige às partes em conflito, para que renunciem à lógica do confronto e das armas e escolham o diálogo e as negociações e que, em um ímpeto de humanidade, coloquem o bem comum acima dos interesses egoísticos e de grupo.

O Card. Martino se dirige também à comunidade internacional, para que intervenha na resolução do conflito, em especial para que os rebeldes respeitem os acordos de paz assinados. Por fim, o Pontifício Conselho destaca a importância de uma solução da crise que leve em consideração as preocupações pela paz e a segurança de todos os países e habitantes da região dos Grandes Lagos, porque não há paz se a mesma não for global, fundada no diálogo e na reconciliação, condições indispensáveis para a estabilidade e o desenvolvimento solidário.

Nesta quinta-feira, a Caritas Internacional renovou seu apelo em prol da paz no leste da República Democrática do Congo e pelo fim do sofrimento da população. A Caritas pede ainda que possa retomar seu trabalho de ajuda às vítimas.

O Fr. Pierre Cibambo, da Caritas Internacional para a África, afirmou a organização está testemunhando uma escalada do desastre humanitário na região, recordando que na guerra de 1998-2003 milhões de pessoas morreram e um retorno à guerra seria uma catástrofe.

"Tornou-se difícil para a Caritas fornecer alimentos e remédios para as pessoas que têm necessidades urgentes. Todos os conflitos dão a oportunidade para as agências humanitárias continuarem seu trabalho, e isso é vital para que a segurança seja restabelecida", afirmou.

Também o Programa Mundial de Alimentos (PAM) da ONU divulgou hoje que foi obrigado a suspender a distribuição de víveres aos deslocados da cidade de Goma, pois a agência não pode sair da cidade. (BF)







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