Encontrados mortos, em Moscovo, dois jesuítas com responsabilidades pastorais na Rússia
(30/10/2008) Trata-se dos padres Otto Messmer e Victor Betancourt, encontrados mortos
no apartamento pertencente à Companhia de Jesus, na Rua Petrovka, no centro da capital
russa. Os corpos foram encontrados por um confrade que ali se deslocou terça à noite,
preocupado porque não respondiam ao telefone. A notícia foi confirmada pela Conferência
Episcopal Russa numa nota difundida quarta-feira. O Padre Messmer, de 47 anos,
cidadão russo, desde 2002 era o superior da região independente russa da Companhia
de Jesus. Padre Betancourt, de 42 anos, era equatoriano e trabalhava na Rússia desde
2001. Era responsável pela preparação dos candidatos à Companhia de Jesus. Este ano,
passou a ser o representante dos jesuítas no Instituto de Filosofia, Teologia e História
"Santo Tomás de Aquino", de Moscovo. Os dois jesuítas desempenhavam actividades
pastorais na igreja de São Luís dos Franceses, de Moscovo. "A Igreja Católica na Rússia
(escrevem os bispos) sofre uma grande perda e reza pelos assassinos, a fim de que
Deus lhes conceda a graça do arrependimento." Quarta à noite, o arcebispo da
Arquidiocese moscovita da "Mãe de Deus" celebrou uma missa na Catedral da Imaculada
Conceição, em sufrágio dos sacerdotes assassinados. O director da Sala de Imprensa
da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, declarou, numa nota, que a polícia está investigando
sobre o caso, e que parece que a agressão tenha sido perpetrada com um objecto contundente.
"A agressão a Padre Betancourt ocorreu, provavelmente, no final da semana passada.
De facto, não tinha comparecido para celebrar a missa, como de costume. Pensou-se
que ele estivesse doente." Padre Messmer estava na Alemanha e voltou a Moscovo
segunda-feira à noite. Um jesuíta que mora noutra comunidade da cidade, preocupado
com o silêncio dos sacerdotes, que não respondiam ao telefone, deslocou-se ao apartamento
e encontrou os corpos das vítimas, avisando logo a polícia. "O Prepósito Geral
dos Jesuítas, Padre Adolfo Nicolas, convidou todos os jesuítas à oração, teve palavras
de conforto e solidariedade aos confrades da região independente russa, e manifestou
a sua proximidade e de toda a Companhia de Jesus aos familiares das vítimas" - concluiu
Pe. Lombardi.