Lisboa, 29 out (RV) – O arcebispo Alfio Rapisarda, que foi núncio apostólico
no Brasil, Bolívia e França, conclui em Portugal _ ao completar 75 anos de idade _
sua missão como representante pontifício.
Em declarações à imprensa, Dom Alfio
Rapisarda manifestou sua satisfação por ter desempenhado sua missão diplomática num
período em que foram estreitadas as relações entre a Santa Sé e Portugal.
Com
efeito, o núncio considera a assinatura da Concordata como "a expressão mais eloqüente
do espírito de cooperação e colaboração que caracteriza as relações entre a Santa
Sé e Portugal, o ponto mais alto" de sua permanência no país. A Concordata, assinada
em 2004 _ disse Dom Alfio _ "não é um privilégio da Igreja Católica, mas um acordo
entre duas entidades que se reconhecem livres, soberanas e independentes, como são
o Estado e a Igreja e que, como tal, se aceitam".
A Concordata é uma convenção
entre o Estado e a Igreja acerca de assuntos religiosos de uma nação, em vista de
uma melhor e mais eficiente colaboração para o bem da comunidade, cada qual no seu
papel específico e segundo as suas próprias competências e atribuições.
Dom
Rapisarda lamentou que haja uma demora na regulamentação da Concordata, mas reconhece
com satisfação: "Agora, posso dizer que as coisas estão prosseguindo e tenho confiança
que se chegará, o quanto antes, a conclusões que verdadeiramente possam executar o
que está estabelecido" no documento.
Sobre as relações entre Igreja e Estado
em Portugal, o núncio afirmou que estão bem melhores. "Pessoalmente _ concluiu _ estou
satisfeito por ter desempenhado a minha missão em Portugal, verificando a eficácia
das relações entre a Santa Sé e Portugal, sobretudo com a assinatura da nova Concordata."
(MT)