Bento XVI sublinha a importância e actualidade dos ensinamentos do Concílio Vaticano
II, em mensagem a um Congresso sobre o Concílio e pontificado de João Paulo II
“É nosso dever recordar que o Concílio Vaticano II brotou do grande coração do Papa
João XXIII. Mas seria mais exacto ainda dizer que, em última análise, como todos os
grandes acontecimentos da história da Igreja, o Concílio brotou do coração de Deus,
da sua vontade salvífica”. “Tornar acessível ao homem de hoje a salvação foi para
o Papa João o motivo fundamental da convocação do Concílio”. - São afirmações
de Bento XVI, numa mensagem enviada ao Congresso Internacional que decorre em Roma,
na Pontifícia Faculdade Teológica “Seraphicum” (dos Franciscanos Conventuais) sobre
“O Vaticano II no pontificado de João Paulo II”.
Congratulando-se com esta
iniciativa, visando “fazer conhecer melhor o ensinamento do grande pontífice (que
foi o Papa Wojtyla) e o seu amor à Igreja no contexto histórico e teológico do Concílio,
que tanto lhe estava a peito”, escreve Bento XVI: “João Paulo acolheu, praticamente
em cada um dos seus documentos, e mais ainda nas suas opções e no seu comportamento
como Pontífice, as instâncias fundamentais do Concílio Ecuménico Vaticano II, tornando-se
assim um intérprete qualificado e uma coerente testemunha. Foi sua preocupação constante
dar a conhecer a todos as vantagens que podiam brotar do acolhimento da visão conciliar,
não só para o bem da Igreja, mas também para o da própria sociedade civil e das pessoas”
em geral.
Citando João Paulo II que afirmou, a propósito do Concílio, que
“contraímos uma dívida para com o Espírito de Cristo”, escreve Bento XVI: “De verdade
somo todos devedores deste extraordinário acontecimento eclesial. A múltipla herança
doutrinal que encontramos nas Constituições dogmáticas (do Vaticano II), nas suas
Declarações e Decretos, continua a ser para nós um estímulo a aprofundar a Palavra
do Senhor para a aplicar hoje na Igreja”.