2008-10-25 19:05:08

ARCEBISPO CATÓLICO DE MOSCOU FALA EM ROMA SOBRE A RÚSSIA


Roma, 24 out (RV) – O arcebispo de Moscou, na Rússia, Dom Paolo Pezzi, fez uma conferência, na última quarta-feira, na Pontifícia Universidade Urbaniana de Roma, sobre o tema: “Cristianismo e secularização na Rússia de hoje”.

O prelado reside na Rússia há 15 anos e foi nomeado pelo Papa, ano passado, como arcebispo da Mãe de Deus em Moscou.

Em seu pronunciamento, Dom Pezzi destacou “o anúncio do Evangelho no meio de uma sociedade em conflito, os desafios da globalização e da secularização e o desafio de um diálogo aberto entre cristãos”.

Falando da enorme riqueza espiritual e cultural da Rússia, Dom Pezzi referiu-se também “ao sofrimento que esta nação viveu no curso de sua história, fato que influiu notavelmente na mentalidade e no comportamento de seus habitantes, tanto coletiva como individualmente”.

Quanto ao tema da educação, o prelado reconheceu o trabalho que a Igreja Ortodoxa vem realizando: «Nós o constatamos na Pastoral da Juventude, no campo da cultura teológica e na elaboração dos fundamentos da doutrina social”.

O arcebispo ressaltou ainda o trabalho da minoria católica no país: “Trata-se de um trabalho ecumênico para que, através da conversão comum a Cristo, possamos ser sempre melhor testemunhas no mundo da unidade, desejada por Cristo, como milagre supremo para que o mundo creia”.

Com relação a este tema, Dom Pezzi citou as palavras de Bento XVI na encíclica Deus caritas est: «Não se pode tornar cristão por decisão ética ou por causa de uma grande idéia, mas pelo encontro com uma Pessoa, com um acontecimento, que abre novos horizontes à vida e, assim, uma orientação decisiva”.

“Não se pode ocultar que as relações entre a Igreja Católica e a Igreja mais numerosa, existente hoje no interior da Igreja Ortodoxa russa, continuam muito complexas”, assinalou o arcebispo católico de Moscou. “No entanto, isso nos ajuda a compreender melhor a palavra ecumenismo, sob o ponto de vista do Evangelho e do Magistério da Igreja”.

O prelado ressaltou, por fim, em sua conferência “que toda experiência e carisma da Igreja podem ser enriquecidos e mais autênticos, para que brilhem como verdadeiro Corpo místico de Cristo”, apesar de que sempre haverá no âmbito da Igreja “divisões e pecados”. (MT)








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