O FUTURO DA FILATELIA NO SEMINÁRIO INTERNACIONAL REALIZADO NOS MUSEUS VATICANOS
Cidade do Vaticano, 24 out (RV) - "Que futuro existe para a filatelia?": esse
é o tema do seminário internacional realizado na manhã desta sexta-feira, na Sala
de Conferências dos Museus Vaticanos, promovido pelo Setor Filatélico e Numismático
do Vaticano: o primeiro do gênero realizado entre os muros do Estado da Cidade do
Vaticano.
Participaram do encontro, entre outros, os responsáveis pela administração
postal da Itália e da República de São Marino, além da Soberana Ordem Militar dos
Cavaleiros de Malta, do Principado de Mônaco, da França e da Suíça.
A Rádio
Vaticano pediu ao diretor do Setor Filatélico e Numismático do Vaticano, Pier Paolo
Francini, que nos desse uma explicação sobre o declínio da filatelia...
Pier
Paolo Francini:- "É um problema que preocupa o colecionismo filatélico de há muito.
E a filatelia _ que podemos definir como uma disciplina, embora muitos a tenham como
hobby ou passatempo _ está em declínio, sem sobra de dúvidas. E está em declínio porque
os meios de comunicação atuais superaram e, em alguns casos, até mesmo eliminaram,
a necessidade do selo. A filatelia nasceu com os selos e se eles não são mais utilizados
ou são utilizados sempre menos na moderna correspondência, acabarão por desaparecer.
As pessoas hoje, telefonam mais, existe o celular, mandam e-mails, porque até mesmo
o fax já está caindo em desuso. Toda essa evolução no setor das comunicações provocou
um declínio no colecionismo filatélico. As pessoas não conhecem mais os selos. E o
objetivo deste seminário que realizamos no Vaticano é justamente o de incentivar esse
conhecimento. E o fizemos no Vaticano porque o Estado da Cidade do Vaticano tem uma
tradição filatélica de quase 80 anos."
Para Pier Paolo Francini, o selo continua
sendo um instrumento útil e também muito importante, para a difusão do pensamento,
de imagens e das idéias do país que o emite. Portanto, o objetivo do seminário é o
de "reconstruir" ou "relançar" o amor pela coleção filatélica, a fim de que essa arte
não desapareça, engolida pelos meios de comunicação da era informática. (AF)