Manilha, 22 out (RV) - Dias de grande apreensão na ilha de Basilan, nas Filipinas,
pela sorte de duas voluntárias seqüestradas cinco semanas atrás por um grupo rebelde
armado. As negociações com os seqüestradores estão sendo conduzidas por padre Angel
Calvo, missionário claretiano. Contatado pela agência Misna, o religioso disse que
os seqüestradores lhe garantiram por telefone na última semana que as reféns estão
vivas, mas assustadas e com a saúde debilitada.
Esperancita Hupita e Milet
Mendoza pertencem a um grupo de voluntários engajados no apoio à infância na cidade
de Tipo Tipo. Segundo padre Angel, o principal obstáculo à libertação é o elevado
preço do resgate pedido, equivalente a 250 mil euros; somado ao fato que os seqüestradores
não querem libertá-las juntas.
Experiente em mediação de seqüestros (infelizmente
freqüentes nas Filipinas), o missionário lamenta a falta de apoio das autoridades
locais. As reféns estariam escondidas em um território controlado pelos rebeldes da
Frente de Libertação islâmica Moro, e o exército e as forças de segurança não têm
intenção de entrar e patrulhar.
Além da escassa ação no campo, familiares e
amigos também se sentem abandonados pelas instituições no que diz respeito ao resgate
pedido, uma cifra impossível de ser recolhida sem ajudas. (CM)