SUIÇA: IGREJAS LEMBRAM 60 ANOS DA DECLARAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS
Berna, 22 out (RV) - Sessenta anos depois da assinatura da Declaração Universal
dos Direitos do Homem, e em um mundo sempre mais ameaçado por divisões raciais, econômicas
e religiosas, hoje é mais necessário do que nunca proclamar e defender seus princípios,
que constituem o fundamento da liberdade, da justiça e da paz.
É o que afirma
a declaração conjunta difundida pela Conferência Episcopal Suíça (CES), pela Federação
das Igrejas cristãs suíças (FEPS) e pela Igreja vetero-católica, em previsão do aniversário
do próximo dia 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos do Homem.
“Infelizmente,
também na Suíça se verificam contradições que colocam em discussão o respeito dos
direitos humanos” – constatam as Igrejas cristãs helvéticas. “Aceitar sem reagir
à violação de um direito humano fundamental – advertem – significa colocar os outros
em risco. Ao invés, reconhecer a importância dos direitos humanos implica a disposição
em discutir questões difíceis para todos nós e para a sociedade inteira”.
“O
60º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos – conclui o documento
– nos recorda que, como cidadãos e cristãos, devemos estar atentos e agir com coragem
e rapidez, para garantir dignidade e justiça para todos”.
As Igrejas helvéticas
estão organizando para o dia 10 de dezembro, várias iniciativas de sensibilização
em colaboração com a “Ação dos cristãos para a abolição da tortura” (ACAT). Entre
elas, estão a proposta de dedicar a este tema as homilias e pregações do domingo precedente;
a promoção de conferências, debates e encontros de informação sobre direitos humanos,
e a participação no abaixo-assinado para duas campanhas da ACAT sobre a situação dos
direitos humanos em Cuba e a decisão do governo suíço de extraditar pessoas suspeitas
a países que praticam tortura.(CM)