Roma, 22 out (RV) - Amanhã, dia 23, a associação Ajuda à Igreja que Sofre vai
apresentar, em Roma, o Relatório 2008 sobre a liberdade religiosa no mundo.
O
Relatório, traduzido em sete línguas, será apresentado concomitantemente na Itália,
França, Espanha e Alemanha. Segundo algumas antecipações, na África a situação è delicada
na Eritréia, onde em agosto de 2007 as autoridades ordenaram que a Igreja Católica
cedesse ao Ministério para o Bem-estar social e o Trabalho todas as estruturas sociais,
como escolas, clínicas, orfanatos e centro de instrução para as mulheres. Ainda no
país, existem pelo menos dois mil presos por razões religiosas. Eles estão detidos
há meses ou anos sem acusações formais e sem processos, muitas vezes em prisões militares,
com condições de vida muito duras e sem assistência médica.
Todavia, o primado
da violação religiosa se registra na Arábia Saudita, onde este direito é negado com
maior evidência, inclusive do ponto de vista constitucional. O Reino se declara “integralmente”
islâmico, considera o Alcorão a única Constituição do país e a xariá, a sua lei fundamental.
Já na Indonésia, a violação da liberdade religiosa está ligada com o terrorismo.
Nos últimos anos, o país foi atingido por uma série de atentados reivindicados por
JI, a ramificação local de al-Qaeda, que atacou principalmente alvos ocidentais, como
igrejas e embaixadas. Já na Nigéria, os atos de intolerância e discriminação contra
a comunidade cristã se verificam nos Estados mais islamizados, no norte do país, que
coincidem com os 12 Estados que introduziram a xariá em sua legislação. (BF)