CHILE CRIA "ROTA DA MEMÓRIA" PARA RECORDAR CRIMES DE PINOCHET
Santiago, 21 out (RV) - O governo chileno anunciou hoje a criação de uma "Rota
da memória" na capital, Santiago, para recordar as violações aos direitos humanos
cometidas durante a ditadura de Augusto Pinochet.
No total, a "Rota da memória"
vai incluir 14 lugares, dentre eles o Vicariato da Solidariedade, criado pela Igreja
Católica para defender as vítimas do regime. A finalidade da iniciativa é fortalecer
a memória histórica do Chile, e a inauguração será feita em 10 de dezembro, data em
que se comemora o Dia Internacional dos Direitos Humanos.
A ministra para os
Bens Nacionais, Romy Schmidt, afirmou que "não se trata de abrir feridas, mas conhecer
mais profundamente os fatos vinculados à violação dos direitos humanos para que os
mesmos não sejam repetidos". A ministra acrescentou que a idéia foi analisada pelo
governo em parceria com representantes de diversas Igrejas presentes no Chile e associações
de defesa dos direitos humanos.
Além do Vicariato da Solidariedade, a rota
vai passar pelo "Palacio de la Moneda", sede do governo, o cemitério, onde se encontra
um monumento em memória das vítimas, e os estádios Nacional e Chile, utilizados como
campos de concentração. A rota inclui ainda os centros de tortura nos quais centenas
de presos políticos desapareceram, como "Villa Grimaldi, "José Domingo Cañas" e "El
Nido". (BF)