PAPA REZA O TERÇO NO SANTUÁRIO MARIANO DE POMPÉIA: "O TERÇO É ESCOLA DE CONTEMPLAÇÃO
E DE SILÊNCIO"
Pompéia, 20 out (RV) - No final da tarde ontem, Bento XVI rezou o Terço no
Santuário de Pompéia, que terminou com uma sua meditação e com a oferta de uma Rosa
de Ouro a Nossa Senhora.
O Papa antes de entrar no Santuário rezou diante do
túmulo do bem-aventurado Bartolo Longo. Em seguida dirigiu a oração mariana diante
da imagem de Nossa Senhora do Rosário: um ícone de 1.600 com uma história singular
como a de Pompéia. Bartolo Longo depara-se com esta pintura a óleo em Nápoles em 1875,
abandonada, suja, com mofa. Não queria pegá-la, esta muito estragada, mas prometera
ao povo da região rural de Pompéia que naquela noite recitaria o Terço diante da imagem
de Nossa Senhora.
O Ícone é muito grande para viajar em trem, assim é transportado
em uma carroça. Não tem outro meio. Mas poderá ser exposta à veneração pública somente
um ano depois, após uma primeira restauração: é o dia 13 de fevereiro de 1876. Naquele
dia uma menina epilética, julgada incurável pelo Dr. Antonio Cardarelli, confiada
a Nossa Senhora por uma tia, fica milagrosamente curada.
Tem início assim a
história da Nova Pompéia, uma história – afirma Bento XVI – na sua meditação – que
se tornou possível graças ao Terço, oração que faz “crescer na intimidade com Jesus”
aprendendo “na escola de Nossa Senhora, a sempre realizar a vontade divina”. O Papa
exorta a difundir esta oração, ou melhor a sermos “autênticos apóstolos do Santo Rosário”:
“Mas
para podermos ser apóstolos do Rosário - disse o Papa - é necessário fazer uma experiência
pessoal da beleza e da profundidade desta oração, simples e acessível a todos. É necessário
antes de tudo deixar-se conduzir pela mão de Nossa Senhora para contemplar a Face
de Cristo: Face alegre, luminosa, dolorosa e gloriosa. Todo aquele como Maria e junto
com Ela, conserva e medita assiduamente os mistérios de Jesus, assimila sempre mais
os seus sentimentos e se conforma a Ele”.
“O terço – explica Bento XVI – é
escola de contemplação e de silêncio”: “Num primeiro momento poderia parecer
uma oração que acumula palavras, dificilmente, portanto conciliável com o silêncio
que justamente é recomendado para a meditação e a contemplação. Na realidade, esta
cadenciada repetição da Ave Maria não turba o silêncio interior, mas ao contrário,
o solicita e o alimenta”.
Um silêncio que deixa emergir, através das nossas
palavras, a única Palavra necessária, a de Deus:
“Assim, recitando as Ave Marias,
é necessário fazer atenção para que as nossas vozes não cubram a voz de Deus, o qual
fala sempre através do silêncio, como o sussurro de uma brisa leve. Quanto é importante
então cuidar deste silêncio cheio de Deus seja na recitação pessoal, seja naquela
comunitária!”.
O Papa recorda enfim a “dimensão apostólica do Rosário, uma
dimensão que o bem-aventurado Bartolo Longo viveu intensamente e da qual tirou inspiração
para realizar nesta terra muitas obras de caridade e de promoção humana e social”.
(SP)