2008-10-20 13:33:13

Importante uma "aliança terapêutica" entre médico e paciente, tendo como base uma relação de confiança recíproca: recordou o Papa, recebendo um grupo de cirurgiões


(20/10/2008) Na actual fase de desenvolvimento dos cuidados médicos, é decisiva uma relação de confiança entre médico e paciente que configure uma espécie de “aliança terapêutica”: sublinhou-o Bento XVI, dirigindo-se nesta segunda-feira aos participantes no Congresso Nacional da Sociedade Italiana de Cirurgiões, que decorre em Roma sob o tema “Por uma cirurgia no respeito do doente”.

Em ordem a construir um projecto terapêutico – observou o Papa – “assume primária relevância a relação de confiança mútua que se venha a estabelecer entre médico e paciente. Será graças a tal relação de confiança que o médico, escutando o paciente, poderá reconstruir a sua história clínica e compreender como é que ele vive a sua doença”.
E é também “no contexto desta relação que, tendo como base a estima recíproca e a partilha dos objectivos realistas a alcançar, pode ser definitivo o plano terapêutico: um plano que pode levar a audaciosas intervenções para salvar a vida ou então à decisão de se contentar com os meios ordinários que a medicina oferece”.

“Quando o médico comunica com o paciente, directa ou indirectamente, de modo verbal ou não verbal, desenvolve sobre ele uma influência notável: pode motivá-lo, apoiá-lo, mobilizar e até mesmo potenciar os seus recursos físicos e mentais, ou, pelo contrário, pode debilitar ou frustrar os seus esforços, reduzindo desse modo a própria eficácia dos tratamentos praticados”.

Neste sentido, “aquilo que se deve visar é uma autêntica aliança terapêutica com o paciente, tirando partido daquela específica racionalidade clínica que consente ao médico advertir qual é a modalidade de comunicação mais apropriada a cada um dos pacientes”.
Objectivo dessa aliança é “sobretudo manter, embora no respeito da verdade dos factos, a esperança, elemento essencial no contexto terapêutico. Há que não esquecer que são precisamente estas qualidades humanas que o paciente aprecia no médico, para além da competência profissional em sentido estrito”.








All the contents on this site are copyrighted ©.