(17/10/2008) O observador permanente da Santa Sé na ONU, Arcebispo Celestino Migliore,
fez quarta-feira, um novo pronunciamento perante a 63ª sessão da Assembléia Geral
da organização, em Nova Iorque, sobre o tema "O compromisso de reduzir a incidência
da malária, especialmente na África". D. Migliore considera o compromisso da Assembleia
Geral como mais um passo positivo na justa direcção, pois reconhece que a malária
pode ser reduzida substancialmente, com a conscientização e a educação da cidadania
e com o investimento na pesquisa e no tratamento médico. "A comunidade internacional
- disse - deve agir em conjunto, para combater a malária." Nos últimos 15 anos,
registrou-se um forte incremento da incidência dessa doença, o que poderá duplicar
o número de mortos nos próximos 20 anos. Anualmente, de 300 a 500 milhões de pessoas
contraem a doença, que mata uma pessoa em cada trinta segundos. 90% destas mortes
ocorrem na África Subsaariana e a grande maioria das vítimas tem menos de cinco anos.
Nesta região, quase três mil crianças morrem, diariamente , de malária, sem falar
das mulheres grávidas e outros adultos. "A malária continua a ser a maior ameaça
para a segurança da humanidade” - disse o observador permanente da Santa Sé - acrescentando
que os custos da prevenção e do tratamento fazem com que as pessoas pobres sejam mais
susceptíveis de contrair essa doença perigosa. "A delegação da Santa Sé na ONU
pede - disse D. Celestino Migliore - maior atenção na assistência às pessoas atingidas
e, de modo particular, na ajuda às famílias dos doentes. Muitas organizações católicas
estão envolvidas neste campo, em campanhas de amplo alcance, e treinando comunidades
a educar os pais dos pequenos contagiados." Além da malária, outras doenças infecciosas
como o vírus HIV, responsável pela SIDA, e a tuberculose não devem ser subestimadas.
Sendo assim, a comunidade internacional deve continuar empenhada na luta contra todas
as doenças que ameaçam a vida e a segurança humanas.