2008-10-16 12:08:21

OBSERVADOR PERMANENTE DA SANTA SÉ NA ONU PEDE AÇÃO GLOBAL CONTRA A MALÁRIA


Nova York, 16 out (RV) - O observador permanente da Santa Sé na ONU, Arcebispo Celestino Migliore, fez, nesta quarta-feira, um novo pronunciamento perante a 63ª sessão da Assembléia Geral da organização, em Nova York, sobre o tema "O compromisso de reduzir a incidência da malária, especialmente na África".

Dom Migliore considera o compromisso da Assembléia Geral como mais um passo positivo na justa direção, pois reconhece que a malária pode ser reduzida substancialmente, com a conscientização e a educação da cidadania e com o investimento na pesquisa e no tratamento médico.

"A comunidade internacional _ disse o arcebispo _ deve agir em conjunto, para combater a malária."

Nos últimos 15 anos, registrou-se um forte incremento da incidência dessa enfermidade, o que poderá duplicar o número de mortos nos próximos 20 anos. A cada ano, de 300 a 500 milhões de pessoas contraem a doença, que mata uma pessoa a cada trinta segundos.

90% destas mortes ocorrem na África Subsaariana e a grande maioria das vítimas tem menos de cinco anos. Naquela região, quase três mil crianças morrem, a cada dia, de malária, sem falar no número de mulheres gestantes.

"A malária continua sendo a maior ameaça à segurança humana" _ disse o observador permanente da Santa Sé à Assembléia Geral da ONU, acrescentando que os custos da prevenção e do tratamento fazem com que as pessoas pobres sejam mais suscetíveis a essa perigosa doença.

Em seguida, o arcebispo enalteceu o engajamento de milhares de indivíduos que trabalham nos postos de saúde, em muitas regiões maláricas, assistindo os doentes. "Quase sempre anônimos, esses indivíduos desempenham uma ação heróica ao cuidar dos necessitados."

A redução da transmissão da malária pode ocorrer somente com a prevenção das picadas dos mosquitos transmissores e o controle de sua população. O diagnóstico e os medicamentos devem ser confiáveis e gratuitos; e a hospitalização e o tratamento acessíveis a todos os que sofrem. Além disso, se devem destinar recursos à pesquisa de novas vacinas, que sejam seguras e de preço acessível.

"A delegação da Santa Sé na ONU pede _ disse Dom Celestino Migliore _ maior atenção na assistência às pessoas atingidas e, de modo particular, na ajuda às famílias dos doentes. Muitas organizações católicas estão envolvidas neste campo, em campanhas de amplo alcance, e treinando comunidades a educar os pais dos pequenos contagiados."

Além da malária, outras doenças infecciosas como o vírus HIV, responsável pela AIDS, e a tuberculose não devem ser subestimadas. Assim sendo, a comunidade global deve continuar engajada na luta contra todas as doenças que ameaçam a vida e a segurança humanas. (CM/AF)







All the contents on this site are copyrighted ©.