MOTIVOS PARA AGRADECER A DEUS PELO DOM DE JOÃO PAULO II
Cidade do Vaticano, 16 out (RV) - Celebram-se hoje os 30 anos da eleição de
Karol Wojtyla à Sé de Pedro. O arcebispo de Cracóvia, card. Stanisław Dziwisz, e secretário
pessoal de João Paulo II, celebrou esta manhã, na Basílica de S. Pedro, uma missa
de ação de graças.
Na homilia, o cardeal recordou os motivos pelos quais devemos
agradecer a Deus pelo dom deste ilustre papa. Em primeiro lugar, disse o Card. Dziwisz,
pelo fato de João Paulo II ter aberto diante de nós a perspectiva da esperança para
a geração contemporânea, que muitas vezes se encontra perdida, em jejum e faminta
de grandes valores.
Como segundo motivo de agradecimento, o cardeal indicou
a confiança depositada por João Paulo II nos jovens. O Servo de Deus viu nos jovens
não somente os construtores de um futuro melhor, mas sobretudo uma força capaz de
defender os valores fundamentais. E os jovens lhe responderam com a mesma confiança.
Esse recíproco intercâmbio, disse o Card. Dziwisz, fez de João Paulo II um
grande educador dos jovens e fez ver a necessidade da confiança em qualquer esforço
educativo e em qualquer ambiente, seja na sociedade civil, seja na Igreja.
O
terceiro motivo de agradecimento segundo o arcebispo de Cracóvia é a perspectiva indicada
por João Paulo II de construir uma civilização da vida e do amor, em resposta aos
projetos de um mundo que se baseia na civilização do medo, da morte e do ódio. Nisso,
João Paulo II se revelou um "Grande Arquiteto Divino". Pessoalmente, disse D. Dziwisz,
ele se empenhou na defesa da vida desde a sua concepção até a morte natural, na hora
indicada pelo Criador. E este permanece o seu testamento espiritual.
Por fim,
o card. Dziwisz agradeceu ao Senhor pelo "sim" de João Paulo II a ser um guia no caminho
do sofrimento, enquanto morria publicamente sob os olhos de milhões de pessoas. Ele
recebeu de Deus a força suficiente para revelar ao mundo que o sofrimento tem o seu
lugar na vida do homem e o seu grande valor salvífico.
Passam-se os anos –
acrescentou o card. Dziwisz –, e a riqueza da obra e das palavras pronunciadas e escritas
pelo Servo de Deus João Paulo II, e especialmente a riqueza da sua personalidade,
estão se cristalizando. "É necessário que se cristalize não somente na nossa consciência,
mas também nos nossos corações", concluiu. (BF)