2008-10-13 13:40:37

GOVERNO IRAQUIANO REFORÇA SEGURANÇA AOS CRISTÃOS EM MOSSUL


Bagdá, 13 out (RV) - O governo iraquiano enviou ontem 900 policiais a Mossul e ordenou a detenção dos responsáveis pelas violências anticristãs.

"Os cristãos têm o direito de viver em segurança e com dignidade; são uma componente do povo iraquiano" – diz o comunicado emitido ontem pelo chefe do executivo de Bagdá, Nouri al-Maliki, decidido a reforçar a segurança nos quatro bairros cristãos e nas igrejas de Mossul. Desde sexta-feira, a cidade do norte do país registrou a fuga de 1120 famílias.

O primeiro-ministro ordenou que os policiais tomem as medidas necessárias para o regresso das famílias deslocadas. Durante a noite, foram erguidas barreiras na entrada dos bairros, e a polícia controlou todos os carros.

O bispo auxiliar de Bagdá, Dom Shlemon Warduni, saudou com satisfação a decisão do governo, tomada depois de receber os líderes cristãos.

O prelado relatou que foi recebido ontem pelo vice-presidente al-Hashemi, que garantiu todo o seu apoio para deter os ataques contra os cristãos e acabar com as tensões.

"Ele nos reiterou que as minorias, como os cristãos, são cidadãos iraquianos para todos os efeitos, com os mesmos direitos e deveres. O vice-presidente nos garantiu ainda que será dada ajuda às famílias cristãs que foram obrigadas a deixar Mossul nesses dias", acrescentou Dom Warduni.

Apesar da dramaticidade do momento, afirmou, "em Mossul assistimos a comoventes histórias de solidariedade, com famílias muçulmanas que ajudam seus vizinhos cristãos, que, por medo, vivem confinadas em casa".

Situada a 370 km ao norte de Bagdá, Mossul é a uma das mais perigosas cidades do Iraque. Em fevereiro, o então arcebispo caldeu da cidade, Dom Faraj Rahho, foi seqüestrado e encontrado morto semanas depois. (CM/BF)







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