2008-10-10 19:35:59

SÍNODO: PALAVRA DE DEUS NA FAMÍLIA E NAS TERRAS DE DIFÍCIL EVANGELIZAÇÃO


Cidade do Vaticano, 10 out (RV) - O Sínodo viveu, nesta sexta-feira, um dia rico de reflexões sobre a Palavra de Deus na família e nas terras de difícil evangelização, tais como a Terra Santa, a Europa do Leste e Mianmar (ex-Birmânia). Durante a pausa dos trabalhos sinodais, Bento XVI recebeu em audiência os membros da Federação Bíblica Alemã, que deram de presente ao papa, uma pequena caixa contendo várias versões lingüísticas do Antigo e do Novo Testamento. O Santo Padre estendeu o presente a todos os padres sinodais, que também receberam uma caixinha com as versões dos textos sagrados.

Os trabalhos sinodais desta manhã _ oitava congregação geral _ concentraram-se sobre vários temas, dentre os quais destacamos o do acolhimento e da inculturação da Bíblia nas famílias. Diversas foram as propostas apresentadas: dar possibilidade a todos de ter em mãos uma Bíblia, ensinar as Sagradas Escrituras nas escolas, ler uma passagem da Bíblia todos os dias, meditando sobre ela no âmbito do núcleo familiar. E ainda, acrescentar oficialmente, na enunciação de cada mistério do terço, uma breve citação bíblica. Em particular, os padres sinodais manifestaram seu desejo de que tais propostas se tornem objeto de reflexão para a Igreja universal.

Outro tema debatido na congregação da manhã desta sexta-feira foi o da missão da Igreja em terras de difícil evangelização como, por exemplo, os países do Leste europeu, a Terra Santa e Mianmar (ex-Birmânia), áreas geográficas marcadas por perseguições dos passados regimes totalitários, por catástrofes naturais e por conflitos.

Os padres sinodais sublinharam as dificuldades dos cristãos árabes, de terem acesso ao Antigo Testamento, em razão de interpretações políticas e ideológicas desse texto sagrado. Nesse contexto, destacamos a proposta apresentada pelo patriarca de Antioquia dos Greco-melquitas, Gregorio III Laham, que sugeriu a organização de um "fórum sobre a Palavra de Deus", no qual cristãos e muçulmanos possam encontrar-se, discutir e meditar. Eis o que ele disse:
 
Gregorio III Laham:- "Eu gostaria que muçulmanos e cristãos se encontrassem. E isso já é uma realidade em Jerusalém, há anos, onde _ no Centro Notre-Dame _ cristãos, muçulmanos e judeus se encontram, apesar das dificuldades da situação na Terra Santa, para juntos meditarem sobre a Palavra de Deus, sem discussões. Isso é o que eu gostaria que acontecesse também na Síria e no Líbano, onde exerço a minha jurisdição." (AF)







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