2008-10-10 14:08:09

PARLAMENTO EUROPEU ESTUDA INTERVENÇÃO EM DEFESA DOS CRISTÃOS NO IRAQUE


Bruxelas, 10 out (RV) - Realizou-se ontem em Bruxelas, na Bélgica, uma mesa-redonda promovida pelo parlamento europeu sobre a situação dos cristãos no Iraque.

Cinco anos depois do início da guerra, o nível de violência no Iraque está gradualmente se reduzindo, mas acentuan-se as discriminações e episódios de violência contra as minorias, especialmente os cristãos, que representam menos de 4% da população.

A denúncia emergiu dramaticamente na mesa-redonda, que teve a participação de mons. Krysztof Nitkiewicz, vice-secretário da Congregação para as Igrejas orientais, e uma delegação da secretaria internacional da Pax Christi. Todos os dias, verificam-se ataques, seqüestros, assassínios, ameaças de morte, e discriminações profissionais aos cristãos, principalmente no sul e no centro do país. O que fazer, concretamente?

Mons. Nitkiewicz explicou que no Oriente Médio a liberdade religiosa entendida como liberdade de culto é assegurada, com exceção da Arábia Saudita. Mas – advertiu – liberdade religiosa significa algo mais: direitos de família em nível burocrático e administrativo, direito de conversão ao cristianismo e outras coisas. Nem mesmo as ajudas da comunidade internacional chegam aos cristãos.

Mons. Nitkiewicz reiterou ainda o princípio da reciprocidade no respeito da liberdade religiosa. A obra da Igreja, em beneficio de pessoas de todas as crenças - disse - deveria ser reconhecida pelo mundo islâmico.

Um ano após a resolução contra as perseguições religiosas, o Parlamento europeu está estudando uma maneira de intervir no Iraque em favor dos cristãos perseguidos e evitar seu êxodo.

O vice-presidente do Parlamento, Mario Mauro, destacou que o fundamentalismo religioso é simplesmente uma instrumentalização da religião, e que tutelar a liberdade religiosa significa defender a liberdade de todos. (CM)








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