Roma, 10 out (RV) – Foi apresentado, ontem à tarde, na Sala Marconi, na sede
da Rádio Vaticano, o livro intitulado: “A vulnerabilidade psíquica e o perigo das
seitas”. O volume, de autoria de Aureliano Pacciola e Stefano Luca, foi publicado
pela Livraria e Editora Vaticana. Trata-se de um texto que enfrenta o fenômeno do
plágio e propõe técnicas de prevenção.
A coletiva de imprensa foi presidida,
entre outros, pelo Cardeal-arcebispo de Tegucigalpa, Oscar Andrés Rodríguez Maradiaga,
que afirmou: “O mundo das seitas é variegado e precisa fazer atenção para distingui-las:
algumas são Igrejas e outras, verdadeiras seitas, muitas das quais levam seus seguazes
a autênticas perturbações psíquicas”.
O Cardeal Maradiaga aproveitou para denunciar
também o fenômeno dos suicídios entre as camadas mais jovens, induzidas por mensagem
aparentemente inócuas de música rock. Os mais capturados por certos fanatismos são
os que tiveram desilusões sentimentais, afirma o Cardeal, ou os que são abalados psicologicamente.
Por
outro lado, o problema das seitas foi levantado, ontem de manhã, no Vaticano, durante
os trabalhos sinodais, pelo Cardeal-arcebispo de Dar-Es-Salaam, na Tanzânia, Polycarp
Pengo, Presidente das Conferências Episcopais da África e Madagascar.
Em seu
pronunciamento, o Cardeal tanzaniano afirmou que “grande parte do continente africano
assiste a um fenômeno espantoso: o êxito de fiéis católicos que deixam a Igreja para
ingressarem nas Seitas Pentecostais”.
Um dos motivos, disse ele, é a distância
entre “a pesquisa exegética e a formulação teológica”, ou seja, a falta de colaboração
recíproca entre ambas as ciências. Os resultados de tal situação, concluiu, são “a
alteração da verdade dos textos sagrados e a confusão espiritual”, que requerem uma
mais estreita colaboração estre os estudiosos da Bíblia e da Teologia. (MT)