Cidade do Vaticano, 09 out (RV) - Antes de assistir à Santa Missa presidida
pelo Santo Padre por ocasião dos 50 anos da morte de Pio XII, os padres sinodais se
reuniram esta manhã para a sexta congregação geral. A sessão foi aberta com a eleição
dos membros da Comissão para a Mensagem.
Durante a manhã foram debatidos diversos
temas, como a necessidade de renovar as paróquias, válido instrumento para levar os
fiéis a uma relação vital com o Senhor, para que O sigam com amor. Outra questão levantada
foi a exegese bíblica: muitas vezes, ouviu-se na Sala do Sínodo, exegese e teologia
caminham em direções separadas. Ou melhor, parece que se dá mais credibilidade àqueles
que se distanciam mais das verdades contidas no texto sagrado.
A sessão desta
manhã foi encerrada com uma salva de palmas a João Paulo II. Seu nome foi citado pelo
arcebispo de Cracóvia, Card. Stanislaw Dziwisz, que foi durante muitos anos secretário
pessoal de Karol Wojtyla. Recordando a Carta Apostólica Novo Millennio Ineunte, de
2001, o Card. Dziwisz recordou a necessidade de encontrar testemunhas apaixonadas
pela evangelização, capazes de "nutrir-se da Palavra, para serem servidores da Palavra".
Ontem
à tarde, ao invés, durante a quinta congregação geral, os padres sinodais refletiram
sobre a Lectio divina, definida "método recomendável para a verdadeira compreensão
da Palavra de Deus". E como exemplo perfeito de acolhimento, os prelados indicaram
Maria, aquela que, como foi dito, torna possível a compreensão de todo o desígnio
da salvação.
Outro tema debatido foi o ecumenismo e sua relação com as Sagradas
Escrituras. Os padres sinodais acreditam em uma reaproximação das diversas confissões
cristãs, graças ao acolhimento da Palavra de Deus, já que o diálogo ecumênico não
pode basear-se somente em tentativas e estratégias meramente humanas. (BF)