SINODO 2008 : Primeiras intervenções e propostas dos Padres sinodais
(8/10/2008) Prosseguem no Vaticano os trabalhos da XII Assembleia Geral ordinária
do Sínodo dos Bispos sobre a Palavra de Deus na vida e missão da Igreja. Foram já
efectuadas as primeiras votações para a eleição dos membros da Comissão para a Mensagem
Final. Também nesta quarta feira os Padres sinodais apresentam as suas reflexões.
Eis algumas intervenções efectuadas esta terça feira. O Decano do Colégio Cardinalício
Cardeal Ângelo Sodano, ressaltou a numerosa presença dos purpurados no Sínodo: uma
bela forma de integração e colaboração entre os dois organismos chamados a ajudar
o Pastor universal da Igreja, frisou ele.
Em muitas intervenções o tema principal
tem sido o da necessidade de encontrar novos instrumentos para a difusão e a valorização
das Sagradas Escrituras. Como fez o arcebispo de Camberra, na Austrália, D. Mark Coleridge,
que sugeriu a formação de um Directório Geral para as homilias, a fim de que a pregação
seja inspirada na experiência universal da Igreja, sem deixar de lado os aspectos
peculiares das Igrejas locais.
Por sua vez, o presidente do Conselho das Conferências
Episcopais da Europa, Cardeal Peter Erdö, chamou a atenção para os perigos criados
pelas publicações mais sensacionalistas do que científicas, como o apócrifo Evangelho
de Judas. Escritos que levam a confundir fontes credíveis e não sobre a história
de Jesus Cristo _ disse ele.
Por outro lado, o secretário especial do Sínodo
o arcebispo de Kinshasa, na República Democrática do Congo, D. Laurent Mosengwo Pasinya,
centrou a sua intervenção nos riscos representados pelas seitas. "A doutrina das seitas
_ afirmou _ é geralmente baseada numa interpretação fundamentalista das Sagradas Escrituras."
Portanto,
é necessário recorrer a critérios interpretativos estáveis, como a adesão à tradição
apostólica e a coerência com toda a Escritura. Critérios, concluiu o presidente dos
bispos congoleses, que protegem de uma interpretação fundamentalista e subjectiva
da Palavra de Deus.