2008-10-08 14:18:08

Promover cooperação e harmonia entre todos os povos


(8/10/2008) O observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, D. Celestino Migliore, no inicio desta semana proferiu um discurso perante a 63ª sessão da Assembleia Geral da ONU.
Iniciou o seu discurso manifestando preocupação pela proliferação das armas ligeiras, pelos conflitos civis e a actividade terrorista. Muitos acreditam que a violência e as guerras podem substituir a cooperação e o diálogo em prol do bem comum.
Indo para além das citadas falências da humanidade, seria oportuno, segundo D. Celestino Migliore, centrar a atenção nas causas desta conjuntura. Para as enfrentar, sugere a frase cheia de sabedoria de Paulo VI, de há 40 anos: “o desenvolvimento é o novo nome da paz”. E recorda que desde então, muitas das metas desejadas, como a globalização da solidariedade, não foram alcançadas.

O representante da Santa Sé recomendou que a próxima Conferência para o Desenvolvimento, prevista para Doha, no Qatar, seja uma oportunidade para a comunidade renovar as suas promessas e a cooperação entre países ricos e pobres.
Lembrando os 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, frisou que os direitos da liberdade de pensamento, consciência e religião estão na base do sistema. No entanto, é frequente que sejam subestimados em controvérsias políticas, e as vozes dos discriminados são ouvidas somente quando são altas demais para serem ignoradas.

Há um ano a Assembleia Geral adoptou a Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas, e o observador permanente da Santa Sé pediu aos delegados que incrementem o seu esforço no sentido de um maior entendimento entre os seus governos e as comunidades indígenas.

Finalmente, D. Celestino Migliore afirmou que a esperança da sua delegação é que esta sessão da ONU sirva para promover mais cooperação e harmonia entre todos os povos. O anseio da Santa Sé é que os participantes revertam a sensação de suspeita e depositem confiança na liderança comum e na compartilha de valores.

Concluindo, pediu que a ONU continue a ser forjadora de respostas para as necessidades do século XXI.
 







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