(6/10/2008) As congregações gerais da assembleia sinodal tiveram inicio esta segunda
feira na presença de Bento XVI. Participam cerca de 400 pessoas em representação
da Igreja Católica nos 5 continentes. Esta reunião magna congrega, de 5 a 26 de
Outubro, 253 padres sinodais – em representação de 13 Igrejas orientais católicas
sui iuris, de 113 Conferências Episcopais, de 25 dicastérios da Cúria Romana e das
Uniões dos Superiores Gerais (Institutos Religiosos masculinos e femininos). 51
dos delegados ao Sínodo vêm de África, 62 da América, 41 da Ásia, 90 da Europa e 9
da Oceânia. 173 foram eleitos pelas Conferências Episcopais às quais pertencem; 38
participam em virtude do cargo que ocupam; 32 foram nomeados por Bento XVI e 10 foram
eleitos pelas Uniões dos Superiores Gerais.
Entre os 253 padres sinodais,
contam-se 8 patriarcas, 52 cardeais, 2 arcebispos maiores, 79 arcebispos e 130 bispos.
Quanto ao seu cargo, 10 são chefes de Igrejas orientais; 30 são presidentes das Conferências
Episcopais; 24 são chefes de dicastérios da Cúria Romana; 185 são arcebispos ou bispos
titulares; 17 são auxiliares. Nesta última categoria incluem-se os dois delegados
portugueses, D. António Bessa Taipa e D. Anacleto de Oliveira. De outros países de
língua oficial portuguesa, há que referir a participação de D. Joaquim Ferreira Lopes,
bispo de Viana, em Angola, em nome da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé,
e de D. Lúcio Andrice Muandula, de Xai-Xai, Moçambique, para além de cinco bispos
representando a numerosa Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Entre os padres
sinodais, o mais idoso tem 88 anos (o patriarca libanês de Antioquia dos Maronitas,
cardeal Pierre Nasrallah Sfeir) e o mais jovem, 39 anos (D. Anton Leichtfried, bispo
auxiliar de Sankt Pölten, Áustria). A média de idade dos padres sinodais é de 63 anos. Na
assembleia sinodal participam também 41 peritos, provenientes de 21 países, e 37 auditores,
de 26 países, homens e mulheres.
Se a abertura oficial do Sínodo teve lugar
já neste Domingo, na Basílica de São Paulo fora de muros (Roma), como referimos, com
a Eucaristia presidida por Bento XVI, é a partir de Segunda-feira que têm início as
chamadas congregações gerais (24 ao todo), que decorrem habitualmente entre as 9 e
as 12h30 (hora local) e as 16h30 e as 19h00, sendo que de tarde a última hora é dedicada
a intervenções livres. No dia 8 de Outubro iniciam-se os trabalhos em “círculos
menores”, com eleição de moderadores e relatores. Em cima da mesa estará a chamada
“relação antes da discussão”, documento que orienta o Sínodo durante os seus primeiros
dias. No dia 9 tem lugar a eleição da Comissão para a Mensagem final. A 15 de
Outubro, já depois de ouvidos os auditores e os delegados das outras Igrejas e comunidades
eclesiais, tem lugar a apresentação da chamada “relação após a discussão”, que condensa
as intervenções dos primeiros dias. Este momento marca o início da “segunda parte”
do Sínodo, por assim dizer. No dia seguinte começam os trabalhos de preparação
das proposições, uma espécie de documento conclusivo que os participantes no Sínodo
confiam, posteriormente, ao Papa. As várias propostas são compiladas pelos relatores
dos pequenos grupos, o relator geral (Cardeal Marc Ouellete, do Quebeque) e o secretário
especial do Sínodo (Arcebispo Laurent Monsengwo Pasinya, de Kinshasa).
Já
o esboço da Mensagem final é debatido no dia 18 de Outubro, Sábado. A apresentação
definitiva e votação estão marcadas para 24 de Outubro. A partir do dia 21 tem lugar
o trabalho de unificação das várias proposições, com emendas, e a votação das mesmas
acontece no dia 25, Sábado. Os trabalhos concluem-se no dia 26, Domingo, com uma celebração
presidida por Bento XVI na Basílica de São Pedro, no Vaticano.