2008-10-04 12:02:14

Grande cordialidade marcou a visita oficial do Papa ao Presidente da República italiana, na festa de São Francisco, Patrono da Itália


(4/10/2008) Grande significado, “profundo e simbólico”, assumiu a visita oficial que neste dia 4 de Outubro, festa de São Francisco, padroeiro da Itália, Bento XVI realizou ao presidente da República italiana, no palácio do Quirinal, outrora residência dos papas e símbolo do seu poder temporal. As óptimas relações entre Igreja e Estado em Itália foram sublinhadas pelo Papa no seu discurso, observando que se “trata de uma realidade positiva, que se pode verificar quase quotidianamente a diversos níveis, e à qual também outros Estados podem olhar para daí tirar ensinamentos úteis”.
“Na cidade de Roma convivem pacificamente e colaboram frutuosamente o Estado italiano e a Sé Apostólica. Até esta minha visita vem confirmar que o Quirinal e o Vaticano não são colinas que se ignoram ou se confrontam com antipatia; são, isso sim, lugares que simbolizam o recíproco respeito da soberania do Estado e da Igreja, prontos a cooperarem conjuntamente para promover e servir o bem integral da pessoa humana e o decorrer pacífico da convivência social”.
Aludindo à data escolhida para esta visita, Bento XVI observou que “a escolha de São Francisco como Patrono da Itália encontra as suas razões na profunda correspondência entre a personalidade e a acção do Pobrezinha de Assis e a nobre Nação italiana”, citando a este propósito o que afirmou João Paulo II, em idêntica visita neste mesmo dia 4 de Outubro, em 1985: “Dificilmente se poderia encontrar uma outra figura que encarne em si, de modo tão rico e harmonioso as características próprias do génio itálico. Num tempo em que o afirmar-se dos Municípios livres (das diferentes cidades) ia suscitando fermentos de renovação social, económica e política, que abalavam nos fundamentos o velho mundo feudal, Francisco soube elevar-se entre as facções em luta, pregando o Evangelho da paz e do amor, em plena fidelidade à Igreja de que se sentia filho e em total adesão ao povo, de que ele se reconhecia parte”.
O Papa apresentou São Francisco – figura que tanto atrai crentes e não crentes – como “a imagem da perene missão da Igreja, como também na sua relação com a sociedade civil”.
“Na actual época de profundas e muitas vezes difíceis mutações, a Igreja continua a propor a todos a mensagem de salvação do Evangelho e se empenha em contribuir para a edificação de uma sociedade assente na verdade e na liberdade, no respeito da vida e da dignidade humana, na justiça e na solidariedade social”.
O Papa apresentou São Francisco – figura que tanto atrai crentes e não crentes – como “a imagem da perene missão da Igreja, como também na sua relação com a sociedade civil”. “Na actual época de profundas e muitas vezes difíceis mutações, a Igreja continua a propor a todos a mensagem de salvação do Evangelho e se empenha em contribuir para a edificação de uma sociedade assente na verdade e na liberdade, no respeito da vida e da dignidade humana, na justiça e na solidariedade social”.
Como afirmara já noutra circunstância, Bento XVI não quis deixar de assegurar que “a Igreja não tem pretensões de poder nem de privilégios, nem aspira a posições de vantagem económica e social. O único objectivo da Igreja é servir o homem, inspirando-se, como norma suprema de conduta, às palavras e ao exemplo de Jesus Cristo, que passou fazendo o bem e a todos curando”.
Para realizar esta sua missão, a Igreja – advertiu o Papa – deve poder gozar sempre do direito de liberdade religiosa, considerado em toda a sua amplitude, isto é, não limitada ao exercício do culto, mas tendo em consideração a dimensão pública da religião, com a possibilidade de os crentes participarem activamente na construção da ordem social. O que acontece e continuará a acontecer em Itália, como afirmou ainda Bento XVI:
“Estou certo de que os Pastores e fiéis continuarão a dar o seu importante contributo para construir, também nestes momentos de incerteza económica e social, o bem comum do país, como também da Europa e de toda a família humana.”
E isso, sublinhou o Papa, “prestando particular atenção aos pobres e marginalizados, aos jovens à procura de primeiro emprego e em geral aos desempregados, às famílias e aos idosos”.








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