IGREJA NA AMÉRICA CENTRAL ANALISA VIOLÊNCIA JUVENIL
Tegucigalpa, 02 out (RV) - Diversos representantes da Pastoral Social e das
Caritas de Guatemala, Honduras, Nicarágua, El Salvador, Costa Rica e Panamá se reuniram
no final de setembro, em Honduras, para analisar a violência juvenil. O encontro foi
organizado pelo Departamento de Justiça e Solidariedade, do Conselho Episcopal Latino-americano
(CELAM).
Nesta quinta-feira, foi divulgada a Declaração Final, na qual são
expostas as causas da violência, os desafios pastorais e as possíveis soluções. Segundo
o documento, as crianças e os jovens que ingressam nesses grupos estão em busca de
algo que não encontram na família, na escola e nem mesmo no trabalho pastoral oferecido
pela Igreja.
No entanto, combater o fenômeno somente com a política da tolerância
zero e outras políticas repressivas não resolve a questão. Pelo contrário, os grupos
se fortalecem e aumentam, e há dificuldades de diálogo. Por isso _ afirma a Declaração
_ apostar na repressão e não em políticas que garantam os direitos basilares da infância
e da adolescência, agrava o problema.
Todavia, há sinais de esperança, que
provêm, sobretudo, de experiências com o trabalho preventivo. O importante _ afirma
o documento _ é considerar os jovens delinqüentes como pessoas e não simples objetos
da ação pastoral. Ou seja, é preciso dialogar com eles, ouvi-los e apoiá-los no percurso
para sair da dificuldade, e fazer com que sejam protagonistas de seu próprio desenvolvimento.
(BF)