2008-09-25 18:25:56

Promover a tolerância religiosa: apelo do arcebispo Silvano Tomasi perante o Conselho dos Direitos Humanos da ONU


(25/9/2008) É urgente promover a tolerância religiosa no mundo: foi o apelo lançado perante o Conselho para os Direitos Humanos em Genebra, pelo arcebispo Silvano Maria Tomasi, observador permanente da Santa Sé nos escritórios da ONU daquela cidade Suiça.
Sempre nos dias passados o arcebispo Tomasi interveio também perante a assembleia dos membros da Organização mundial da Propriedade Intelectual, sempre em Genebra.
A intensificação de manifestações violentas de intolerância religiosa em varias regiões geográficas está debaixo dos olhos da comunidade internacional, recordou o arcebispo Tomasi sublinhando que se trata de violações evidentes dos mais elementares direitos da pessoa qualquer que seja a sua fé. E chamou a atenção para o facto da impunidade destes crimes, que muitas vezes se verifica, faz passar a mensagem que as agressões violentas ou até mesmo a eliminação física de pessoas de uma outra religião, são aceitáveis. Há sessenta anos a Declaração Universal dos Direitos do Homem queria defender o contrário, afirmando “o direito de cada um á liberdade de pensamento, consciencia e religião”.
A Santa Sé manifestou preocupação pela descriminação das minorias religiosas, quer sejam maus tratos sociais, preconceitos políticos ou violências.
O Arcebispo Silvano Tomasi, em Genebra proferiu palavras a favor de qualquer pronunciamento nesta matéria recomendando porém que não se limite a discursos retóricos, mas que sobretudo cada Estado assegure uma acção concreta a todos os níveis: legislação nacional, sistema judicial, governo, sistema educativo, media, até mesmo a nível das próprias comunidades de fé.
Além disso, o representante da Santa Sé sublinhou que “leis sobre a blasfémia podem ser armas para usar contra inimigos pessoais ou como desculpa para causar violência.
O arcebispo Silvano Tomasi, sempre em Genebra, falou perante a assembleia dos membros da organização mundial da propriedade intelectual. Sobre este tema reafirmou que a Santa Sé está particularmente atenta ás dimensões éticas e sociais que envolvem e marcam a pessoa e as suas acções. Reconhece-se certamente no conceito de propriedade intelectual o valor característico de inovação e criatividade, de inteligência em todos os seus aspectos, assim como se reconhece o dever de tutelar tudo isto.
O arcebispo Tomai porém acrescentou palavras a favor de um equilíbrio nas normas que tenham em conta os países mais pobres e que possa valorizar as suas especificidades e identidades.
Referindo-se ás problemáticas ainda abertas em matéria de propriedade intelectual, o arcebispo Tomasi quis sublinhar a responsabilidade de quem trabalha neste campo, no sentido de contribuir para uma comunidade internacional cada vez mais pacifica e equa.








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